
A Voepass entrou com um pedido de tutela nesta segunda-feira para se reestruturar financeiramente. Em comunicado, a empresa afirmou que busca fortalecer sua estrutura de capital para garantir sustentabilidade a longo prazo. Esse mecanismo permite que companhias se protejam de credores, antecipando efeitos de uma recuperação judicial, como a suspensão de cobranças.
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A Voepass disse ainda que a operação das rotas aéreas seguirá normalmente, com a continuidade na venda de passagens e reservas por meio de seus canais tradicionais.
“Mesmo diante de tantas adversidades setoriais, considerando todos os desafios que a aviação no Brasil enfrenta há algum tempo, como é de conhecimento público, nós chegamos aos 30 anos de atuação na aviação regional — a companhia aérea há mais tempo em operação no Brasil —, pautando nossa história pela resiliência e pela busca de soluções, sempre focada na missão de tornar possível conectar o interior do País com um serviço de qualidade”, afirma José Luiz Felício Filho, CEO da Voepass Linhas Aéreas.
A companhia reconheceu que mantinha uma ampla malha operacional e boa saúde financeira até meados de 2024, mas enfrentou dificuldades após o acidente de outubro, . No entanto, a medida anunciada nesta semana não afeta as indenizações relacionadas ao caso.
A Voepass também disse que dará prioridade ao pagamento de salários e benefícios aos funcionários durante o processo e que seguirá honrando compromissos com fornecedores para serviços prestados e produtos entregues a partir desta segunda.
“Com esta medida, conseguiremos, em breve, retomar o fôlego financeiro e dar início a uma reestruturação para que a Voepass mantenha sua função social e continue com sua missão, que é de interesse da sociedade, desenvolvendo a aviação regional brasileira e viabilizando a manutenção de centenas de empregos”, conclui Felício.
A companhia está sendo assessorada juridicamente pelos escritórios Daniel Carnio Advogados e Mubarak Advogados Associados, além da EXM Partners na reestruturação financeira.