A redução média de 1,35% foi aprovada pela Aneel, mas o consumo de julho terá acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou nesta terça-feira (27/08) o reajuste tarifário anual para Paraíba. O efeito médio a ser percebido na conta dos clientes será negativo (redução) de -1,35%. Os novos valores entram em vigor na quarta-feira, 28 de agosto.
De acordo com a Energisa, o Grupo A, que compreende os consumidores da média e alta tensão (indústrias), perceberá um aumento médio de 3,22%, enquanto os consumidores conectados na Baixa Tensão (BT) – residenciais e comércios em geral – terão uma redução de -2,39%, em média. Já para clientes residenciais (B1) a redução será de -2,44%.
Atualmente, a Energisa Paraíba atende a aproximadamente 1,8 milhão de clientes no estado.
Volta da bandeira tarifária
A bandeira tarifária para o mês de julho está amarela em razão de condições menos favoráveis para geração de energia no País. Com esse acionamento, as tarifas dos consumidores foram acrescidas em R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
A bandeira amarela foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período. Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais.
Essa é a primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde. Para exemplificar, com a bandeira amarela, uma conta de luz de R$ 100 passaria para R$ 102,6 com esse acionamento.
Com o acionamento da bandeira amarela, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
Fontes: Assessoria Energisa e Aneel