Senado retoma votação de projeto sobre fim da desoneração da folha de pagamento

Projeto em votação propõe uma reoneração gradual da folha de pagamento ao longo de três anos, de 2025 a 2027. Em 2024, a desoneração será mantida integralmente

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Votação da reoneração da folha (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 15/08/2024)

O plenário do Senado retoma nesta terça-feira, 20, a votação do projeto de lei que estabelece o regime de transição para o fim da desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia. O projeto tem sido alvo de intensas negociações entre o Senado e o Executivo.

A desoneração da folha de pagamento permite que a contribuição previdenciária patronal, normalmente calculada em 20% sobre a folha de salários, seja substituída por um percentual sobre a receita bruta da empresa, variando de 1% a 4,5%, dependendo do setor.

O projeto em votação propõe uma reoneração gradual da folha de pagamento ao longo de três anos, de 2025 a 2027. Em 2024, a desoneração será mantida integralmente. A partir de 2025, a reoneração ocorrerá de forma escalonada, com a tributação sendo retomada em 5% em 2025, 10% em 2026 e 20% em 2027, quando a desoneração será completamente encerrada. Durante este período, a desoneração da folha de pagamento do 13º salário será mantida.

Além disso, o projeto prevê uma redução gradual do adicional de 1% sobre a Cofins-Importação, criado em razão da desoneração. Esse adicional será reduzido para 0,8% em 2025, 0,6% em 2026 e 0,4% em 2027.

Na sessão anterior, realizada na quinta-feira,15, o relator do projeto, senador Jaques Wagner (PT-BA), apresentou um substitutivo ao texto original. Devido aos destaques apresentados, ele indicou que trabalharia para incorporar algumas das sugestões e finalizar o relatório ainda esta semana.

O substitutivo de Jaques Wagner é uma versão alternativa ao projeto original do senador licenciado Efraim Filho (União-PB) e visa cumprir o acordo entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional em torno da Lei 14.784, de 2023, que prorrogou a desoneração até o final de 2027. Após a votação no Senado, o projeto seguirá para análise na Câmara dos Deputados.

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Redação
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