A segurança na aviação tem registrado melhorias significativas ao longo das décadas, conforme aponta um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). O levantamento destaca que o risco de morte em acidentes aéreos vem diminuindo consistentemente desde o início da aviação comercial, com cada década sendo mais segura que a anterior.
Entre 2018 e 2022, a probabilidade global de morrer em um acidente de avião em voos comerciais foi de 1 em 13,7 milhões, uma melhoria substancial em relação ao período de 2008 a 2013, quando a chance era de 1 em 7,9 milhões. Para efeito de comparação, na década de 1968 a 1977, a chance era de 1 em 350 mil.
No Brasil, o risco é ainda menor, estimado em 1 em 80 milhões. Essa taxa coloca o país em um grupo intermediário de segurança na aviação, ao lado de nações como Chile, Índia e México, conforme o estudo do MIT.
Acidentes aéreos no Brasil
Apesar da baixa probabilidade de acidentes fatais, os casos que ocorrem geram grande comoção e preocupação. O acidente mais recente, ocorrido em 9 de agosto de 2024, em Vinhedo, São Paulo, envolveu uma aeronave da Voepass e resultou na morte de 62 pessoas. Este foi o maior acidente de aviação comercial no Brasil desde 2007, quando um avião da TAM se chocou com um prédio em São Paulo, deixando 199 mortos.
O número de acidentes aéreos com mortes no Brasil tem se mantido relativamente estável na última década, com a maioria envolvendo aviões de pequeno porte. Em 2024, até agosto, foram registrados 27 acidentes fatais, incluindo o caso de Vinhedo.
O estudo do MIT sugere que a crescente segurança da aviação se deve a uma combinação de avanços tecnológicos, aprimoramento no treinamento dos profissionais da área, e ao trabalho das agências reguladoras, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no Brasil e a Administração Federal de Aviação (FAA) nos Estados Unidos.
Esses fatores, aliados à rigorosa fiscalização e regulamentação, têm contribuído para que a aviação continue a se tornar um meio de transporte cada vez mais seguro.