O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que eventual aumento da taxa básica de juros, a Selic, está na mesa, se dados econômicos indicarem a necessidade de uma política monetária mais contracionista. Segundo Campos Neto, o BC tem como prioridade perseguir a meta de inflação, missão que deve continuar, estando ou não à frente da instituição.
Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Campos Neto termina seu mandato até o final do ano. O diretor de política monetária do BC, Gabriel Galípolo, é o principal nome colocado para assumir a presidência a partir de 2025.
— Se precisar subir juros, vamos subir juros — disse Campos Neto no Macro Day, evento organizado pelo BTG Pactual em São Paulo.
Em entrevista à colunista do GLOBO Míriam Leitão, publicada mais cedo, Campos Neto disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) não quis antecipar o que acontecerá na próxima reunião (dar guidance), mas lembra que a situação internacional melhorou muito nas últimas semanas e alerta que o mercado está falando em alta da Selic, mas os economistas não.