Saiba os riscos econômicos com possível aumento da Selic em contraste com queda de juros nos EUA

Essa divergência nas políticas monetárias tem gerado apreensão entre economistas e analistas de mercado

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Brazilian money banknote and coins, economic market symbol, finance (Foto: iStock)

O cenário econômico brasileiro está em um momento decisivo, com a possibilidade de um aumento na taxa Selic, contrastando com a tendência de redução de juros nos Estados Unidos. Essa divergência nas políticas monetárias tem gerado apreensão entre economistas e analistas de mercado sobre os impactos potenciais na economia nacional.

Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou que o momento para ajustar a política monetária chegou, destacando que a direção para cortes nos juros dependerá da evolução dos dados econômicos e do equilíbrio dos riscos. “A direção a ser seguida é clara e o momento e o ritmo dos cortes nos juros dependerão dos dados chegarem”, afirmou Powell.

No Brasil, em contraste, o diretor do Banco Central, Gabriel Gallipolo, afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) não hesitará em elevar os juros, se necessário, uma postura que diverge da tendência global de relaxamento monetário.

Impactos potenciais na economia brasileira

A possível elevação dos juros no Brasil pode ter consequências significativas para diversos setores econômicos:

  • Varejo: O aumento das taxas de juros tende a reduzir o consumo, já que as famílias enfrentam alto endividamento e menor acesso ao crédito.
  • Mercado de IPOs: Juros mais altos podem desestimular investidores, resultando em uma pausa no lançamento de ações e uma menor rentabilidade na bolsa, o que pode impactar as decisões de empresas que planejam abrir capital.
  • Geração de Empregos: O aumento dos juros pode desestimular investimentos, comprometendo a recuperação econômica e enfraquecendo o mercado de trabalho, o que pode resultar em uma diminuição na criação de vagas em diversos setores.

Apesar das preocupações, o mercado financeiro brasileiro apresentou um desempenho positivo na última sexta-feira. O Ibovespa subiu 0,32%, fechando acima dos 135 mil pontos, enquanto o dólar recuou quase 2%, fechando a R$ 5,47. A semana terminou com o Ibovespa avançando 1,23%, ampliando a margem positiva do mês de agosto. Esse movimento reflete o otimismo dos investidores em relação à expectativa de queda nas taxas de juros nos EUA em setembro.

O contraste entre as políticas monetárias do Brasil e dos Estados Unidos evidencia a complexidade do atual cenário econômico global. Enquanto o mercado internacional se prepara para uma possível redução nas taxas de juros, o Brasil enfrenta o desafio de equilibrar o controle da inflação com o estímulo ao crescimento econômico.

Redação com informações da CNN Brasil

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