Segundo Ometto, a Reforma Tributária foi aprovada somente por meio de concessões e, desde então, o governo tem procurado mudar as regras para poder arrecadar mais receitas
O presidente do conselho do Grupo , Rubens Ometto, criticou a política fiscal do governo do presidente Luiz Inácio da Silva, dizendo que as reformas não reduzem a dívida pública e manterão as taxas de juros altas.
Ometto disse que o arcabouço fiscal – que tem como objetivo fortalecer as finanças públicas do Brasil – permite que o governo aumente os gastos à medida que a receita aumenta, em vez de reduzir a dívida e diminuir os custos dos empréstimos.
A estrutura fiscal é “baseada na ideia de permitir que as despesas aumentem à medida que a receita aumenta”, disse Ometto no sábado em um evento na cidade de Guarujá, no litoral do estado de São Paulo. “Quando eles fazem esse aumento de receita, estão tirando dinheiro daqueles que trabalham de forma eficiente, daqueles que criam empregos, daqueles que produzem, e repassando-o para o poder executivo, que não tem essa capacidade.”
Ele destacou ainda que a Reforma Tributária foi aprovada somente por meio de concessões e, desde então, o governo tem procurado mudar as regras para poder arrecadar mais receitas, acrescentou.
A incerteza jurídica enfrentada pelas instituições brasileiras – incluindo as empresas – também contribuiu para tornar o dinheiro mais caro, disse Ometto.
“Se o governo organizasse tudo isso e controlasse a questão fiscal, as taxas de juros cairiam pelas razões certas e o país voltaria a crescer e a se desenvolver”, disse ele.