Quem é Jean Paul Prates, demitido da Petrobras: Senado, atuação na área de energia e campanha de Lula

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Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial. Na ordem do dia, o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O decreto foi assinado no domingo (8) pelo presidente da República, e tramita em caráter de urgência. Em discurso, à tribuna, senador Jean Paul Prates (PT-RN). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Atuante nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais há mais de duas décadas, Prates foi senador até o início de 2023

O (PT) demitiu o petista Jean-Paul Prates do cargo de presidente da Petrobras, nesta terça-feira. O cargo agora será assumido pela ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Saiba mais abaixo sobre Jean-Paul Prates.

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Atuante nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais há mais de duas décadas, Prates se tornou senador após a renúncia de Fátima Bezerra, em 2019, de quem era suplente. Fátima deixou o Senado para assumir o cargo de governadora do Rio Grande do Norte. Em janeiro de 2023, Prates renunciou ao cargo para assumir a presidência da estatal.

Aos 54 anos, Prates teve uma forte atuação na área de energia ao longo do seu mandato no Senado e integrou os grupos que discutiram o tema tanto na campanha de Lula como no governo de transição. Ao longo da campanha ele fez mais de 30 encontros, mais da metade deles no segundo turno, em São Paulo e no Rio Janeiro, com mais de uma centena de agentes de mercado, analistas e gestores de fundos.

Prates disse a esses agentes que o petista não tomaria decisões sem ouvir as pessoas, garantindo que a Petrobras sob o PT iria compor soluções, sem atacar acionistas privados.

No Senado, Prates ganhou destaque em 2022 como relator de projetos como o que estabeleceu a cobrança em única etapa do ICMS sobre combustíveis. Sancionado em março, o mesmo texto zerou tributos federais sobre diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação até o fim do ano.

Mudanças:

A queda de Prates acontece após a crise dos dividendos. Em março, após a publicação dos resultados financeiros de 2023, os membros do Conselho indicados pela União não aprovaram a distribuição de dividendos. A rixa tornou insustentável a relação entre os dois, a ponto de Lula ser chamado para arbitrar o caso.

Antes mesmo de assumir o comando, parte dos aliados de Lula tentou rifar o nome de Prates, alegando conflito em assumir a companhia por ter participado da corrida eleitoral no Rio Grande do Norte. Mas, apesar da desconfiança, passou nas regras de governança da estatal e assumiu a companha.

Currículo

Prates cursou Direito na Uerj e Economia na PUC-RJ. Nos Estados Unidos, tornou-se mestre em Planejamento Energético e Gestão Ambiental pela Universidade da Pennsylvania. Na França, concluiu mestrado em Economia de Petróleo e Motores, pelo Instituto Francês do Petróleo.

Na área de petróleo, participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), no final da década de 1980. Em 1997, participou da elaboração da Lei do Petróleo, que deu fim ao monopólio da Petrobras no setor.