Prévia da inflação sobe menos que o previsto em maio, chegando a 0,36%, com desaceleração do preço dos alimentos

Forte desaceleração dos alimentos puxa índice para baixo. Analistas estimavam alta de 0,44%

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Preço dos alimentos teve desaceleração pela primeira vez em dois meses — Foto: Alexandre Cassiano
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A prévia da inflação de maio, medida pelo IPCA-15, foi de 0,36%, desacelerando pela terceira vez consecutiva, após registrar 0,43% em abril. Essa é a menor alta para o mês desde maio de 2020, quando o índice teve queda de 0,59%. Desta vez, o alívio parece ter finalmente alcançado os alimentos, que tiveram uma alta menor após dois meses vendo os preços subirem intensamente.

No entanto, no acumulado em 12 meses a taxa continua elevada, alcançando 5,4%, número acima do registrado nos últimos dois anos no período de maio. Com isso, o índice segue acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) em 3%, com margem de tolerância para cima de até 4,5%. No ano, o acumulado é de 2,8%, e em maio de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,44%.

Após dois meses em alta, alimentação em domicílio teve desaceleração intensa, saindo de 1,29% em abril para 0,30% e ajudando a puxar o índice para baixo. O tomate, que foi um dos principais vilões no em abril, quando subiu 32,67%, após alta de 12,57% no mês anterior, começou finalmente a apresentar queda no preço, que caiu 7,28%.

Veja as principais quedas dos alimentos em maio:

  • Laranja lima: -12,82%
  • Cenoura: -10,68%
  • Tomate: -7,28%
  • Feijão-preto: -7,20%
  • Ovo de galinha: -2,23%

Veja as principais altas dos alimentos:

  • Batata-inglesa: 21,75%
  • Cebola: 6,14%
  • Café moído: 4,82%
  • Peito de frango: 2,91%
  • Chocolate em barra: 3,34%

De acordo com o IBGE, um grupo que também foi responsável pela desaceleração foi o de transportes, influenciado pela queda de 11,18% no preço da passagem aérea.

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Apesar do alívio no índice do mês, a energia elétrica residencial teve alta de 1,68% no preço, representando o maior impacto positivo. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional.

Outro grupo que apresentou forte alta foi o de saúde e cuidados pessoais (0,91%), cujo resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (1,93%), com reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.

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