Em entrevista ao Estado de São Paulo, Campos Neto afirma que Banco Central age com autonomia
O presidente do Banco Central, , afirmou em entrevista ao jornal Estado de São Paulo que não planeja ligar antes para o ministro da Fazenda para avisar sobre mudança de juros e orientação sobre a política monetária. “Nunca fiz isso no governo anterior e com certeza não planejo fazer neste”, contou ele.
Selic cai 0,25 ponto e divide Copom entre indicados de Lula e Bolsonaro:
Selic:
Há quase seis anos como presidente do órgão, Campos Neto disse que já houve muitas mudanças de guidance e em nenhum momento passou pela sua cabeça ligar para o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, por exemplo. “É uma prerrogativa do Banco Central, que tem autonomia”, afirmou.
Questionado sobre a volatilidade que o traria e se os diretores não tentaram pender para um lado ou para o outro para tentar evitar a divisão dos votos, Campos Neto disse que não existe no comitê um exercício de um tentar convencer o outro.
— Cada um dá sua opinião. (…) O que é importante é passar a mensagem que a reunião é técnica, o debate é técnico, e opiniões divergentes fazem parte — afirmou ao jornal.
Apesar de racha sobre tamanho de corte na Selic:
No cargo até dezembro deste ano, o presidente do BC disse que busca fazer o “máximo possível” para encerrar seu mandato com as projeções de inflação do Brasil na meta, mas ponderou que garantir resultados é difícil:
— Fala-se de centro, banda… a melhor forma de contribuir para o crescimento sustentável, sem gerar desigualdade é com inflação baixa. Isso já está comprovado — concluiu.