Presidente do BB diz que pretende “seguir a frente dos concorrentes” na expansão do crédito

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Banco registrou lucro de R$ 9,3 bilhões que foi comemorado por Tarciana Medeiros como o melhor para da história em um primeiro trimestre

Após apresentar o resultado financeiro de lucro de R$ 9,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 8,8% em relação ao ano passado, o Banco do Brasil pretende seguir a expansão na carteira de crédito este para fazer frente aos concorrentes, afirmou a presidente do BB, Tarciana Medeiros, nesta quinta-feira.

Nos primeiros três meses do ano, o banco apresentou um crescimento de 10,2% na carteira de crédito, que chegou a R$ 1,14 trilhão. Um terço do montante, de R$ 317,4 bilhões, vem de pessoas físicas, segmento que cresceu 5,8% em 12 meses.

— Entre os bancos, fomos aqueles que apresentamos o maior crescimento de carteira, com inadimplência abaixo do apurado pelo mercado financeiro e com um mix entre risco e retorno adequado a nossas ambições. Para 2024, pretendemos continuar a frente dos concorrentes na expansão da carteira, considerando nossos pontos fortes — afirmou a presidente.

Tarciana citou, entre os pontos fortes do banco, a carteira de crédito consignado e a carteira de crédito para o agronegócio. No último trimestre, a parcela do agro foi a que mais cresceu no BB, com alta de 15,5% na comparação anual, para R$ 372,5 bilhões.

Durante a coletiva, executivos do banco admitiram que a qualidade da carteira de crédito para pessoas jurídicas tem sido impactada pela situação do varejo nacional, incluindo movimentos atuais como a recuperação judicial das Casas Bahia, mas também pelo cenário de pequenas e médias empresas.

— Todos vocês acompanharam que tivemos recuperações judiciais no segmento de atacado que pressionaram o indicador no primeiro trimestre e também um leve aumento da inadimplência na carteira de micro e pequenas empresas. — afirmou o vice-presidente de negócios de atacado do BB, Francisco Lassalvia.

A carteira de crédito para pessoa jurídica do banco atingiu R$ 393,5 bilhões em março de 2024. A inadimplência para o prazo de 90 dias cresceu de 2,13%, no ano passado, para 3,19% este ano. Do outro lado, o índice de cobertura para pessoa jurídica do banco caiu de 321,1% para 231,7%.

A previsão do banco para este ano é ampliar a carteira de crédito total (incluindo pessoas jurídicas, física e agro) entre 8% e 12%. O crescimento mais esperado é no agronegócio – a instituição espera uma alta de 15,5% da carteira nesse segmento.

‘Nunca se tratou de dinheiro’

Tarciana também comentou sobre a proposta de aumento salarial para o seu cargo e de diretores do BB que foi negada pela Assembleia Geral dos Acionistas do banco. A proposta envolvia reajuste de 56,7% da remuneração da presidente, que passaria de R$ 75 mil para R$117 mil. Segundo ela, a discussão sobre o aumento de salários compatíveis com os valores do mercado é “histórica”:

—Há uma discussão do Conselho de Administração de forma diligente se o Banco do Brasil, que é uma empresa que gera resultados, tem que seguir o mesmo modelo de remuneração das demais empresas estatais. Essa discussão sempre tem aconteceido de forma recorrente — afirmou a presidente

Ela acrescentou que, independente do reajuste, “está muito feliz” no Banco do Brasil e que “nunca se tratou de dinheiro:

— Estou nessa empresa há vinte anos e trabalho com muita alegria todos os dias — finalizou Tarciana.

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