Escrever é um ato que transcende o simples alinhamento ordenado de palavras em uma página. É uma busca por sentido, uma forma de expressão que deve nos conectar ao mundo ao nosso redor e, especificamente aqui neste portal e espaço, conectar prioritariamente com o universo dos negócios e cenários econômicos do estado e do país. Para isso, o Paraíba Business foi criado e é a missão que perseguirei diligentemente.
A minha trajetória de contar histórias de empresas, empreendedores, lideranças e negócios, hoje por meio da comunicação corporativa, começou muito antes de me graduar como jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais. Teve início, veja só, com uma carta de amor; gosto de pensar que fui guiada pelo destino e fazendo da literatura meu refúgio e inspiração.
Sem muitas delongas, a escrita, inicialmente, não foi uma escolha consciente e se manifestou de maneira inesperada aos 14 anos, durante férias escolares na praia com minha melhor amiga, Paula. Estávamos na casa de praia da família dela, sob a supervisão rigorosa de sua mãe, Dona Jurema, que não nos permitia ficar com a “galera”, preocupada com as paqueras inevitáveis. Tarefas cumpridas – lavar louça, arrumar o quarto, etc – tínhamos que inventar o que fazer. Foi, então, que minha amiga me pediu para ajudá-la a escrever uma carta para o seu escolhido.
Lembro-me vividamente daquele momento, assim como lembro da primeira entrevista com um CEO ou um governador, enfim. Perguntei, então, o que ela gostaria de dizer e a resposta foi: “ahh, escreva sobre o pôr do sol na praia, os dias ensolarados com brisa salina, os banhos de mar”. Para nós, que somos das montanhas, a praia era um cenário raro e encantador, algo que experimentávamos com sorte, apenas uma vez por ano. E escrevi; tentando capturando as emoções, os sentimentos e demais informações que minha amiga/irmã queria transmitir. De certa forma, nascia ali uma jornalista, uma comunicóloga escriba, prefiro dizer.
Então, foi assim, com essa primeira carta de amor, que dei os primeiros passos até chegar aqui, escrevendo conteúdos sobre as empresas, tentando jogar luz, sobretudo, nas pessoas que estão conduzindo esses negócios, contando suas histórias e comunicando as nuances das experiências humanas e empresariais.
Estou dividindo minha história pessoal para dizer e reforçar que quero contar a sua história. Te convido, caro leitor, a me contar a sua trajetória, do seu negócio, os pontos de virada, sucessos, planos e superações. O Paraíba Business está te esperando de “bytes abertos”, afinal, todo mundo tem uma história para contar.
Leia aqui mesmo no Paraíba Business algumas a história já contadas, como a do jovem extremamente focado Felipe Nóbrega, que aos 31 anos já é referência no mercado imobiliário; ou a luta para “chegar lá” do Oldaque Júnior, o “rei” das esquadrias; ou do meu colega de coluna Pedro Morais, jovem liderança em gestão comercial imobiliária; e tantas outras que ainda publicaremos. Algumas já estão no forno; outras, só esperando você nos convidar a contá-la.
Há 10 dias, Dona Jurema nos deixou e, ainda compartilhando o luto com minha segunda família, mesmo de longe, dividir essa história pessoal sobre como comecei a escrever é também uma singela forma de prestar minha gratidão por ela ter sido, sem nem imaginar, um catalisador para a minha vocação e trajetória.
Segundo George Orwell, célebre escritor e crítico social britânico, conhecido por sua incisiva análise das estruturas de poder e suas distopias atemporais e cujas obras exploram temas de totalitarismo, liberdade e a natureza humana:
“SE UM ESCRITOR ESCAPA EM ABSOLUTO DE SUAS PRIMEIRAS INFLUÊNCIAS, TERÁ MATADO SEU IMPULSO DE ESCREVER”.
Não matei as minhas e, dia a dia, tento honrar.
Muito obrigada, Dona Jurema!