A Saudi Aramco, maior exportadora de petróleo do mundo, e a chinesa BYD, líder global na fabricação de veículos elétricos, assinaram um acordo estratégico para desenvolver novas tecnologias voltadas para a chamada “nova energia”. A parceria visa criar soluções inovadoras, desde sistemas de propulsão mais eficientes até combustíveis com menor impacto ambiental.
O que chama atenção nesse movimento é justamente o fato de que a Aramco é uma gigante do setor de petróleo, o que pode parecer contraditório, já que sua principal fonte de receita provém de carros movidos a combustíveis fósseis. Essa mudança de postura da empresa, que até recentemente mostrava ceticismo em relação à transição energética, indica um possível reconhecimento da necessidade de adaptação às novas demandas do mercado.
A Arábia Saudita tem como objetivo aumentar a presença de veículos elétricos no país de 1% para 30% até 2029. Mais do que uma meta ambiental, esse plano visa reduzir a dependência do setor de petróleo, que ainda representa 40% do PIB do país. Além disso, o Reino Saudita tem buscado diversificar sua economia, investindo em turismo, entretenimento e esportes, e a eletrificação de sua frota pode ser a aposta mais simbólica dessa transformação.
Por outro lado, a BYD vê a parceria com a Aramco como uma grande oportunidade de expandir seu alcance no mercado de energia limpa. E, de forma curiosa, o grande motivo para os sorrisos ontem foi o anúncio da Tesla, que teve uma queda de 79% no lucro no primeiro trimestre de 2025, impactando a posição política de Elon Musk, seu dono.
Redação com informações do The News