Pesquisa aponta que 7 em cada 10 moradores de São Paulo se mudariam da cidade devido à violência e outros problemas

A falta de segurança foi apontada como o principal motivo para a insatisfação dos paulistanos, seguida por problemas na saúde e no transporte coletivo

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Cidade de São Paulo/ Foto: istockphoto

Uma pesquisa realizada pelo Ipec e divulgada nesta terça-feira (21) pela Rede Nossa SP e o Instituto Cidades Sustentáveis revelou que sete em cada dez moradores da capital paulista considerariam se mudar, caso tivessem a oportunidade. A falta de segurança foi apontada como o principal motivo para a insatisfação dos paulistanos, seguida por problemas na saúde e no transporte coletivo.

O levantamento, intitulado Viver em SP: Qualidade de Vida, entrevistou cerca de 700 pessoas pela internet. Dos participantes, 65% afirmaram que deixariam São Paulo se pudessem, enquanto 35% indicaram que permaneceriam na cidade.

Entre os principais problemas enfrentados pelos moradores, 74% apontaram a falta de segurança como a maior preocupação, enquanto 36% mencionaram os problemas na saúde e 15% citaram as deficiências no transporte coletivo. Outros problemas identificados incluem a habitação, a educação e a geração de emprego e renda. Veja a lista completa dos principais problemas da cidade:

  1. Falta de segurança: 74%
  2. Saúde: 36%
  3. Transporte coletivo: 15%
  4. Habitação: 12%
  5. Educação: 12%
  6. Geração de emprego e renda: 11%
  7. Enchentes, inundações e alagamentos: 11%
  8. Falta de áreas verdes (praças e parques): 9%
  9. Calor/aumento das temperaturas: 8%
  10. Coleta e destinação de resíduos sólidos: 2%
  11. Saneamento básico (água e esgoto): 1%

Quando questionados sobre mudanças na qualidade de vida nos últimos 12 meses, 31% dos entrevistados afirmaram que a situação melhorou, sendo 20% que perceberam uma melhoria leve e 11% que consideraram uma melhora significativa. Por outro lado, 28% dos moradores relataram piora na qualidade de vida, sendo 21% que notaram uma piora leve e 7% uma piora considerável. A maioria, 40%, afirmou que sua qualidade de vida permaneceu estável.

Sobre a contribuição para a melhoria da qualidade de vida, as instituições mais mencionadas pelos entrevistados foram as ONGs, igrejas e associações de bairros. Empresas e a Prefeitura de São Paulo ficaram em posições secundárias, na quarta e quinta colocação, respectivamente.

A avaliação da gestão atual, liderada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), também não foi favorável. Apenas 12% consideraram a administração ótima ou boa, enquanto 41% a avaliaram como ruim ou péssima, e outros 41% a consideraram regular. Além disso, a grande maioria, 86%, afirmou que a gestão de Nunes é pouco ou nada transparente, com apenas 4% dos entrevistados indicando que a administração é muito transparente.

A pesquisa destaca a insatisfação dos paulistanos com a atual situação da cidade, principalmente no que diz respeito à segurança, saúde e transporte, além de uma avaliação negativa da gestão municipal.

Fonte: G1

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Redação
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