É impossível para um visitante de primeira vez não se impressionar com a cidade de Sousa, no Alto Sertão paraibano. Nota-se, facilmente, a prosperidade no município apenas observando os hotéis e restaurantes de qualidade. Depois, é claro, do impacto de ver o mais criativo portal paraibano de entrada na cidade, os dois dinossauros, obra do artista Berg Almeida.
A terra dos gigantes dinossauros, que viveram por lá há mais de 165 milhões de anos, é, agora, lugar de gigantes na economia. Apesar dos enormes desafios da distância com a capital e do clima extremamente seco, empresas de Sousa despontam na lista de maiores contribuintes de ICMS. A Secretaria da Fazenda divulgou, no início deste ano, que o Grupo Pau Brasil, de distribuição de bebidas e concessionária de veículos, está na primeira posição. Nada menos do que mais dez empresas localizadas no município estão entre os 100 maiores contribuintes da Paraíba. Nomes familiares para consumidores como Vó Ita, Isis, Pai Vovô, Voiller, só para lembrar rapidinho. Dizem que a Ísis vende mais do que a Nestlé na região, que já teria tentado comprá-la. E a novidade desta terra de gigantes é a produção de uvas para vinhos finos.
Antes mesmo da primeira colheita, que deverá acontecer em novembro próximo, a Vinícola Chateau HS já é uma atração turística. Grupos de visitantes querem ver as parreiras carregadas em pleno Sertão. Foram plantadas 25 variedades de uvas vitis viníferas, incluindo as mais famosas, como Tannat, Malbec, Toriba, Sirah, e algumas para experimentos. O casal Jarismar Segundo e Herta Sonia resolveu encarar o sonho depois de visitar as vinícolas no Vale do São Francisco. Acostumados a fazer enoturismo no mundo, agora terão o vinho deles. Isso será possível porque a área está no perímetro irrigado do açude de São Gonçalo, que recebe as águas da transposição do São Francisco. Sem dúvida, lado a lado com o Vale dos Dinossauros e as famosas pegadas dos gigantes, estará a Vinícola Chateau HS como equipamento turístico a gerar divisas para Sousa.