Mesmo com o crescimento real de 2,5% das despesas públicas em 2025, o governo brasileiro não terá praticamente nenhuma folga para acomodar novas ações ou investimentos, já que o espaço foi quase totalmente consumido por gastos obrigatórios. Os dados constam de apresentação da coletiva de imprensa sobre a peça orçamentária de 2025, que acontece nesta segunda-feira.
O detalhamento do orçamento do ano que vem mostra que o limite de despesas vai aumentar R$ 143,9 bilhões, segundo as regras do arcabouço fiscal, mas R$ 132,2 bilhões serão usados para pagar o crescimento de gastos obrigatórios. Só R$ 11,7 bilhões foram para a elevação de despesas discricionárias.
O PLOA considera aumento de R$ 71,1 bilhões dos benefícios previdenciários, R$ 36,5 bilhões com pessoal e encargos sociais, R$ 11,3 bilhões com despesas obrigatórias com controle de fluxo, R$ 6,6 bilhões com Benefício de Prestação Continuada (BPC) e R$ 6,5 bilhões de abono e seguro desemprego. Todos os números são relativos ao último relatório de avaliação de receitas e despesas, em julho.