No ano passado, esses delitos aumentaram significativamente, respondendo por quase um terço das perdas no setor varejista, o que equivale a R$ 11 bilhões em prejuízos. Aquele chocolate da Americanas não era tão inofensivo assim.
Com furtos e fraudes, as perdas chegaram a 1,57% das vendas. Embora pareça um percentual baixo, isso representa R$ 35 bilhões — quase o valor das vendas da Renner e mais da metade do faturamento do GPA.
Os furtos costumam envolver itens pequenos e frequentemente passam despercebidos pelos funcionários, que não percebem os clientes saindo sem pagar.
Supermercados e farmácias são os principais alvos. Nos últimos anos, alguns funcionários têm se envolvido em esquemas criminosos, burlando sistemas de rastreamento e contagem de produtos.
A impunidade é prevalente
A maioria dos casos nem chega à Justiça, e, em muitos casos, representantes do setor optam por não processar os culpados para evitar controvérsias e alegações de discriminação.
Para lidar com a situação, as empresas investem em câmeras, segurança e outros métodos de prevenção, mas muitas varejistas afirmam que esses custos são excessivamente altos para manter.
No final, com bilhões de reais perdidos por furtos e os altos custos com segurança, as empresas tendem a repassar parte desses custos aos consumidores, resultando em aumento de preços no varejo.
Fonte: The News