O modelo house flipping no mercado imobiliário

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House Flipping (Foto: Reprodução / iStock)
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O mercado imobiliário oferece diversas oportunidades para investidores que buscam bons retornos sobre o capital empregado, sendo a compra de imóveis na planta para repasse posterior ou para a prática da locação por temporada, uma das estratégias mais comuns e lucrativas. Ultimamente se tem observado uma tendência para o house flipping, modelo que consiste na compra de imóveis abaixo do valor de mercado, geralmente mais antigos, com o fim de realizar reformas e a posterior revenda por um preço significativamente mais alto. Embora seja um modelo atrativo, exige planejamento, conhecimento e uma boa gestão financeira para garantir o êxito esperado.

Como uma tipologia de negócio imobiliário focado em transformar propriedades com potencial de valorização, os investidores compram imóveis que necessitam de reformas, melhoram sua estrutura, estética e funcionalidade, e os revendem por um valor superior. O sucesso do negócio se dá em razão da conveniência, para quem adquire o imóvel, de encontrar um imóvel totalmente reformado e, na maioria das vezes, mobiliado e equipado, dispensando esforços e gastos para resolver tais complementos. Ademais, é certo que o investimento estará em localizações atraentes e com valores bem menores que os imóveis mais novos.

As principais formas de captação para quem atua nesse segmento são a busca por propriedades com necessidades de reparos, ofertadas em leilões ou diretamente negociadas com vendedores motivados a fechar negócio rapidamente por razões particulares. Antes da compra para o exercício do house flipping, é essencial calcular todos os custos envolvidos, incluindo aquisição, comissão, reformas, taxas e impostos, além de projetar o preço de revenda no tempo e com a margem de lucro pretendida. Um erro comum, entretanto, é subestimar os custos da reforma e superestimar o preço de venda, reduzindo a margem de lucro.

As melhorias devem ser feitas de forma estratégica, considerando o mercado-alvo. Algumas reformas aumentam significativamente o valor da propriedade, como modernização de cozinhas e banheiros, substituição de pisos e melhoria da fachada. No entanto, é importante evitar gastos desnecessários que não trarão retorno proporcional.

Após a reforma, o imóvel deve ser precificado de maneira competitiva, considerando o valor de mercado da região e a valorização obtida com as melhorias. Estratégias de marketing, como boas fotos, descrições atraentes e parcerias com corretores de imóveis, são fundamentais para atrair compradores numa maior velocidade. A realidade é que cada vez mais novos adeptos buscam esse modelo de maximização de resultados a partir do mercado imobiliário. No caso de João Pessoa, onde o mercado segue extremamente aquecido, de modo que reformar casas e apartamentos mais antigos, mas com boa localização, vai se tornando um nicho e possibilitando o atendimento a um novo público que busca a satisfação de morar bem a um preço mais módico.

Enfim, o house flipping é uma realidade e chegou para se firmar de maneira atrativa no setor imobiliário, exigindo, contudo, as habilidades já citadas, além da realização de um bom planejamento financeiro e visão estratégica. Para minimizar riscos e maximizar lucros, é essencial uma boa análise do mercado, escolha criteriosa dos imóveis e execução eficiente das reformas. Quando bem conduzido, o house flipping pode proporcionar retornos expressivos e contribuir para a valorização imobiliária e o desenvolvimento urbano das cidades.

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Glauco Morais
Glauco Morais, Advogado, Turismólogo, Corretor de Imóveis, ex-Secretário de Turismo de João Pessoa, sócio-fundador da Consultoria Imobiliária Plano 83, é um profundo conhecedor do mercado imobiliário, com especial enfoque no estado da Paraíba.