Nubank passa Itaú e se torna banco mais valioso da América Latina

Valor de mercado chega a R$ 300 bilhões, à frente do concorrente, com R$ 289 bilhões

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O Nu Holdings, empresa controladora do banco digital do Nubank, ultrapassou o Itaú Unibanco em valor de mercado. Dessa forma, a fintech brasileira listada na Bolsa de Nova York é agora a instituição financeira mais valiosa do Brasil e da América Latina.

Sediado em São Paulo, o Nubank também atua em outros dois países, como Colômbia e México.

Nesta terça-feira (28), as ações do Nubank fecharam em alta de 3,8%. Isso elevou sua capitalização de mercado para US$ 58,2 bilhões (R$ 300,5 bilhões), colocando-a logo à frente do Itaú, que ficou em cerca de US$ 56 bilhões (R$ 289 bilhões) no fim do pregão de hoje, segundo números divulgados pela Bloomberg.

Alta nas ações

É a primeira vez que seus valores de mercado se cruzam em uma base de fechamento desde o início de 2022 — os dias após a abertura de capital do Nubank. A mudança está sendo impulsionada por uma grande alta nas ações da fintech, que receberam um impulso após os fortes resultados do primeiro trimestre e subiram 46% este ano.

Entre janeiro e fevereiro de 2022, o Nubank e o Itaú se alternaram na posição de banco mais valioso da América Latina, em uma disputa que durou mais de um mês.

O Nubank, que conta com a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, e a Sequoia Capital entre seus sócios e apoiadores, começou oferecendo cartões de crédito de baixo limite e aplicativos móveis fáceis de usar para atender a todas as classes de brasileiros.

Expansão

Posteriormente, expandiu-se para o México e a Colômbia e tornou-se um “dos nomes mais atraentes dos mercados emergentes”, disse Ramiz Chelat, gerente de portfólio da Vontobel Asset Management. “Eles levaram tempo para aumentar sua base de clientes no Brasil e depois assumiram o risco. E isso é claramente o que estamos vendo no México também”.

O Nubank adicionou 5,5 milhões de clientes em um trimestre que registrou uma receita de US$ 2,7 bilhões. A empresa atingiu a métrica-chave de 100 milhões de clientes em seus três mercados, Brasil, México e Colômbia, informou a empresa no início deste mês. A empresa sediada em São Paulo é a primeira plataforma bancária digital a atingir esse marco fora da Ásia.

A alta do preço das ações também levou alguns de seus cofundadores ao clube dos bilionários. O CEO David Velez tem hoje um patrimônio líquido de US$ 11,9 bilhões, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. A participação da cofundadora Cristina Junqueira vale mais de US$ 1,5 bilhão.

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