Há seis anos, a iniciativa realiza safáris fotográficos e passeios para a observação dos pássaros das ilhas de Noronha, como o Atobá-mascarado (Sula dactylatra).
Não faltam motivos e atrativos para se conhecer o Arquipélago de Fernando de Noronha, um dos paraísos do nosso Brasil. Formado por 21 ilhas e ilhotas de origem vulcânica, ele é considerado um Patrimônio Mundial Natural pela Unesco e um santuário ecológico devido à imensa biodiversidade da fauna e flora locais. Mas que tal observar os que sempre veem o arquipélago de cima? Entre os vários projetos de preservação e conservação do meio ambiente presentes na ilha, está o Aves de Noronha.


A ideia surgiu em 2016, quando Cecília Licarião que, na época, estava realizando seu mestrado em biologia na região, tomou conhecimento de duas espécies de pássaros que só existem ali, o sebito-de-noronha e a cocoruta, ambos ameaçados de extinção. Incomodada com a situação, Cecília decidiu criar um projeto envolvendo a pesquisa, a conservação e a movimentação da economia local por meio do turismo de observação de aves e da educação nas escolas locais para crianças e professores.

Em 2018, o projeto recebeu o primeiro financiamento da SOS Mata Atlântica, dando início ao sonho de Cecília com a divulgação e o incentivo ao safári fotográfico e ao birdwatching, que já acontecem em vários países e geram renda e emprego na comunidade local.
Desde o início, 50% dos guias locais foram capacitados para levar os viajantes à observação das aves. Muitas delas permanecem no arquipélago, enquanto migram de um lugar para outro, como parada para se alimentar e reproduzir. A biodiversidade e a saúde das ilhas oceânicas dependem das aves, que são semeadoras das florestas e dispersoras de nutrientes fundamentais para as vidas marinha e terrestre.
Outras informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo e-mail avesdenoronha@gmail.com
Fonte: Revista Unquiet
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