Transferência de renda, valorização do salário-mínimo, crescimento do turismo e investimentos em energias renováveis são os motivos apontados.
Após dois anos atrás do Sul, o Nordeste retoma em 2025 o posto de segunda maior região consumidora do país, ficando atrás apenas do Sudeste. A previsão é que as famílias nordestinas movimentem R$ 1,515 trilhão ao longo do ano, o que corresponde a 18,59% do consumo nacional, ultrapassando a fatia de 18,51% projetada para os estados do Sul, segundo estudo da IPC Marketing. O avanço do Nordeste é influenciado por uma combinação de fatores. De um lado, a tragédia climática no Rio Grande do Sul impactou negativamente a atividade econômica da região sulista. De outro, o Nordeste tem colhido resultados positivos com o aumento das transferências de renda, valorização do salário-mínimo, crescimento do turismo e investimentos robustos em energias renováveis.
O turismo segue como uma das principais forças econômicas da região. Nos primeiros meses de 2025, o número de estrangeiros que desembarcaram em aeroportos nordestinos cresceu em relação ao ano anterior. Além disso, cidades com forte vocação turística continuam sendo fonte de geração de emprego e renda para milhares de famílias. A economia nordestina também é impulsionada por programas sociais. Estima-se que 10 milhões de famílias da região recebam o Bolsa Família, representando uma transferência mensal de R$ 6,4 bilhões. A antecipação do 13º do INSS também reforça a renda das famílias, com impacto direto no consumo local.
O mercado de trabalho apresentou melhora, com redução da taxa de desemprego e aumento da renda média. A expectativa é que o Nordeste cresça 2,2% em 2025, acima da média nacional de 1,9%. No longo prazo, entre 2027 e 2034, a projeção é de crescimento anual de 3,2%, também superior à média brasileira. Outro destaque são os investimentos em energia renovável. Dos 76 parques eólicos inaugurados no país em 2024, 73 estão no Nordeste.
Fonte: Ascom IPC Marketing
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