No Nordeste, mais de um terço dos lares recebem Bolsa Família, diz IBGE

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Índice é bem maior que no Brasil, onde percentual de domicílios que contam com o benefício é de 19%.

O crescimento da abrangência do Bolsa Família, relançado e ampliado em março do ano passado, reforçou as desigualdades regionais na concessão do programa social, que já vinham de antes, mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

Nas regiões Norte e Nordeste, o peso da transferência de renda é maior, tanto em termos da proporção dos lares que recebem o benefício quanto em relação à participação dessa fonte de renda no orçamento familiar.

No Norte, 8,5% do rendimento médio de todas as fontes vêm de “outros rendimentos”, onde o IBGE inclui os programas sociais. No Nordeste, são 10,8%, o dobro de média nacional, que ficou em 5,2% em 2023.

Na Bahia, 12% do rendimento médio vêm desse item. No Maranhão, 11,8%.

Em termos de presença nos domicílios, 35,5% dos lares no Nordeste recebem o Bolsa Família, ante 19% na média nacional. No Maranhão, 40,2% dos domicílios recebem Bolsa Família, mais do que o dobro do agregado nacional. No Piauí, são 39,8%.

No Sul, Santa Catarina é o destaque

Já na região Sul, apenas 7,9% dos lares recebem o benefício do programa de transferência. Santa Catarina tem a menor participação do país, com 4,5% dos domicílios recebendo o Bolsa Família.

Além disso, 3,2% do rendimento total das famílias do Sul vêm do item “outros rendimentos”, como o IBGE classifica os ganhos com programas sociais. Novamente, o destaque é Santa Catarina, com 2,2% do rendimento médio total vindo do item que inclui a transferência de renda.

 

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