Mercado de luxo em alta ameaça Balneário Camboriú? Índice do Data ZAP aponta tendências

O índice de venda residencial do FipeZAP de janeiro mostrou que a cidade continua no topo quanto o assunto é metro quadrado mais caro do Brasil, mas há uma rival dentro de Santa Catarina

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Com um cenário imobiliário desafiador em 2025, economistas preveem que o índice de vendas de imóveis residenciais da FipeZAP desacelere. A restrição no crédito, consequência da alta da Selic e da redução dos recursos da poupança, além do aumento dos custos de construção, devem pressionar principalmente o segmento de imóveis de médio padrão. Contudo, setores como locação e imóveis de luxo estão posicionados para se beneficiar desse cenário mais restritivo.

O programa Minha Casa Minha Vida continuará sendo um pilar importante para a inclusão habitacional. As projeções de mercado, conforme o Boletim Focus do Banco Central (BC), indicam um crescimento real do PIB de 2,1% em 2025, e a taxa média de desemprego deve ficar em 6,7% no primeiro semestre. “Essa combinação sugere que a atividade econômica ainda estará aquecida, embora em um ritmo mais moderado em comparação com 2024, o que pode impulsionar a demanda por imóveis de luxo”, afirma Paula Reis, economista responsável pelo índice.

Com esse cenário favorável para o mercado de luxo, Balneário Camboriú segue sendo a cidade com o metro quadrado mais caro do Brasil, cotado a R$ 14 mil. Itajaí (R$ 12 mil) e Florianópolis (R$ 11,8 mil) também estão entre os destaques. No entanto, quem realmente ameaça Balneário Camboriú é Itapema, com o preço de R$ 13,5 mil por metro quadrado.

“O preço e a trajetória de valorização de Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí estão próximos. A valorização imobiliária do litoral catarinense, intensificada pela pandemia, é responsável por esse fenômeno”, explica a economista do Data ZAP.

Santa Catarina tem se destacado no crescimento acelerado, com dados do IBGE de agosto de 2024 mostrando um aumento populacional de 5,89% em relação a 2023, o maior entre os estados do Sul. O estado tem se transformado em um destino não só turístico, mas também para trabalho e moradia.

Preço Médio por Metro Quadrado (R$):

  • Balneário Camboriú (SC): R$ 14.041
  • Itapema (SC): R$ 13.592
  • Vitória (ES): R$ 12.522
  • Itajaí (SC): R$ 12.008
  • Florianópolis (SC): R$ 11.845

O índice de janeiro registrou uma variação positiva de 0,59% nos preços de imóveis em 56 cidades brasileiras, abaixo da variação de 0,66% no mês anterior. Nos últimos 12 meses, a variação foi de 7,98%, superando a inflação de 2024, que foi de 4,51%.

Destaque para Salvador

Salvador se destaca com a maior variação de preço no último ano entre as capitais, com um aumento de 18%, seguida por Curitiba (17,86%) e João Pessoa (16,47%). O Rio de Janeiro, por outro lado, apresenta a menor variação, com apenas 3,40%. São Paulo ocupa a 17ª posição, com um aumento de 6,7%.

O mercado de Salvador tem experimentado um crescimento acelerado desde abril de 2024, especialmente em bairros como Brotas, Ondina e Caminho das Árvores.

Variação de Preço nos Últimos 12 Meses (%):

  • Salvador (BA): +18%
  • Curitiba (PR): +17,86%
  • João Pessoa (PB): +16,47%
  • Vitória (ES): +14,01%
  • Aracaju (SE): +13,54%

Em relação ao Rio de Janeiro, o estado tem apresentado um crescimento de preços abaixo da média nacional. Entre novembro de 2023 e 2024, a concessão de crédito real no estado cresceu 10%, enquanto a média nacional foi de 20,3%. Isso reflete um mercado imobiliário local mais morno em comparação com outras cidades monitoradas pelo índice FipeZAP.

Fonte: Exame

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Redação
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