Mercado imobiliário no Brasil registra crescimento de 45,3% em vendas

Com estoques em níveis saudáveis e uma demanda crescente, as perspectivas para o setor permanecem positivas nos próximos meses

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Minha Casa, Minha Vida no Residencial Cidade Jardim III. Fortaleza, no Ceará
(Imagem: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

As vendas de imóveis no Brasil aumentaram 45,3% nos 12 meses até maio, totalizando 183,22 mil unidades, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fipe.

O segmento de médio e alto padrão apresentou um crescimento de 13% nas vendas, com 45 mil unidades negociadas. O valor total das transações nesse segmento aumentou 32,6%, alcançando R$ 24,4 bilhões, o que indica uma recuperação na demanda por imóveis de maior valor, impulsionada pela redução das taxas de juros e pela confiança renovada dos compradores.

No que diz respeito ao lançamento de novos imóveis no segmento de médio e alto padrão, houve um crescimento de 14,4% no valor, atingindo R$ 20,4 bilhões. No entanto, o volume de lançamentos registrou uma queda de 8% no período. Apesar dessa redução, o estoque de imóveis disponíveis diminuiu de 24 para 13 meses, sugerindo um ajuste da oferta em relação à demanda.

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) se destacou com um aumento significativo nas vendas, que subiram 59,7%, totalizando 133,46 mil unidades negociadas. O valor total das transações nesse segmento cresceu 65,6%, atingindo R$ 30,1 bilhões. Esse desempenho foi impulsionado por iniciativas governamentais, como o FGTS Futuro, que ampliaram o acesso à moradia popular.

Os lançamentos no MCMV também registraram crescimento, com um aumento de 19,8% no volume, totalizando 104,49 mil unidades. O valor de venda dos novos lançamentos nesse segmento cresceu 30,7%, alcançando R$ 24,4 bilhões.

Luiz França, presidente da Abrainc, destacou que, apesar dos resultados positivos, a fixação da alíquota modal para incorporação em 40% no texto da reforma tributária gera a necessidade de ajustes. Ele sugeriu que o redutor seja elevado para 60% para manter o setor atrativo e competitivo.

Outro dado relevante do estudo foi a redução na taxa de cancelamentos de contratos no segmento de médio e alto padrão, que caiu de 11,9% para 11,4% em comparação com a pesquisa anterior, realizada em julho. Esse recuo aponta para uma maior estabilidade nas transações imobiliárias e uma redução nas desistências por parte dos compradores.

A combinação de políticas públicas favoráveis, recuperação econômica e confiança dos consumidores está criando um ambiente propício para o crescimento contínuo do mercado imobiliário no Brasil. Com estoques em níveis saudáveis e uma demanda crescente, as perspectivas para o setor permanecem positivas nos próximos meses.

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Redação
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