O mercado imobiliário brasileiro está projetado para crescer a uma taxa anual de 5,4% até 2029, segundo um estudo da Mordor Intelligence. Este crescimento levará o valor das transações de US$ 59,61 bilhões para US$ 77,54 bilhões, refletindo uma recuperação significativa após os impactos da pandemia de covid-19 em 2020, especialmente no setor residencial.
As análises, baseadas em dados de mercado de 2019 a 2023, destacam a recuperação do setor após a recessão de 2020, desencadeada pela pandemia de covid-19, especialmente no segmento residencial.
No Rio de Janeiro, nos primeiros quatro meses de 2021, foram vendidas aproximadamente 13.012 casas, um aumento em relação às 8.738 vendidas no mesmo período de 2020. Em São Paulo, as vendas de casas ultrapassaram 5,5 mil unidades em 2021, quase equivalente ao ano anterior.
Guilherme Romero, CEO da Quality Inteligência Imobiliária, destaca que o crescimento projetado pode resultar em um incremento significativo no faturamento das empresas estabelecidas, aproximadamente entre 40% e 50%. Ele atribui esse aumento à expansão do mercado popular, impulsionado pelo aumento dos limites subsidiados e pela introdução de novos mecanismos do programa Minha Casa Minha Vida. Romero também prevê uma oferta ampliada de crédito pelos bancos, tanto para consumidores finais quanto para empreendedores, dada a redução na taxa Selic e as linhas de apoio à produção.
O estudo indica um aumento na procura por imóveis de luxo, com propriedades avaliadas acima de R$ 2 milhões, registrando crescimentos de 3,2% em São Paulo e 10% no Rio de Janeiro. Romero atribui essas mudanças ao perfil mais informado e seguro dos consumidores modernos, influenciado pela revolução digital e pela ampla disponibilidade de informações sobre empreendimentos.