Mercado global de megaiates deve movimentar US$ 40,4 bilhões até 2029

O Brasil tem enorme potencial náutico e pode se tornar referência mundial no setor de megaiates

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O mercado global de megaiates, embarcações de luxo com mais de 24 metros de comprimento, continua em expansão. Estima-se que o setor, que movimentou US$ 26 bilhões em 2023, deverá atingir US$ 40,4 bilhões até 2029, com a Europa, Estados Unidos, China e o sudeste asiático liderando o crescimento.

Embora o setor ainda seja emergente no Brasil, o país possui um grande potencial de desenvolvimento devido às suas condições favoráveis para a náutica, com 8.500 quilômetros de costa e 60 mil quilômetros de vias navegáveis interiores. No entanto, para explorar plenamente esse potencial, são necessários incentivos públicos e privados, incluindo a expansão da infraestrutura de marinas e serviços náuticos, conforme indicam especialistas e executivos da Azimut Yachts, a maior fabricante mundial de embarcações de luxo, que possui uma unidade produtiva no Brasil desde 2010.

Atualmente, apenas um modelo da linha de megaiates “Grande” da Azimut, o Azimut Grande 27 Metri, é produzido no Brasil e tem obtido grande sucesso. Francesco Caputo, CEO da Azimut Yachts no Brasil, afirma que o sucesso desse modelo demonstra um nicho específico para o crescimento do setor de megaiates no país. No entanto, a produção de outros modelos maiores da linha “Grande” ainda ocorre na Itália, devido à infraestrutura superior e facilidades oferecidas por outros países. “No entanto, esse cenário pode mudar no Brasil, pois temos um enorme potencial para nos tornarmos uma referência mundial no setor náutico”, afirma Caputo.

O setor náutico no Brasil também é uma importante fonte de empregos, com impactos positivos em diversas áreas da cadeia turística. Em 2023, foram criados 120 mil postos de trabalho, apesar da predominância de embarcações de pequeno e médio porte, com até 15 metros. Entretanto, a Associação Náutica Acobar aponta um déficit significativo de mais de 55 mil vagas para embarcações no país, evidenciando a necessidade de mais infraestrutura.

Caputo destaca que a fabricação de um barco de 27 metros envolve diretamente mais de 50 pessoas e gera pelo menos 10 empregos adicionais após a entrega, incluindo tripulação e serviços. “Além disso, há numerosos benefícios indiretos, como marinas, turismo moderno, comércio e serviços. É um setor com grande potencial de crescimento no Brasil, e com o apoio e a visão do governo, a Azimut Yachts pretende fortalecer sua presença no país e investir nesse potencial”, conclui o CEO.

Fonte: Forbes Brasil

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Redação
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