João Pessoa, a “Porta do Sol” que acorda o Brasil todos os dias, vem deixando de ser apenas um destino turístico para se consolidar como um polo de desenvolvimento urbano e econômico. Nos últimos cinco anos, a capital paraibana acelerou a execução de obras de infraestrutura, modernizou sua legislação urbanística e conquistou protagonismo nacional em qualidade de vida — ingredientes que formam o terreno fértil para uma verdadeira revolução imobiliária.
A combinação de belezas naturais, custo de vida competitivo e novos investimentos em tecnologia e serviços vêm atraindo migrantes de outras capitais, profissionais em regime remoto e aposentados em busca de bem-estar. Esse novo perfil de moradores pressiona a demanda por empreendimentos horizontais e verticais de alto padrão, ao mesmo tempo em que estimula projetos de habitação popular e de requalificação de bairros tradicionais.
Os números confirmam a tendência: segundo o Índice FipeZAP, João Pessoa registrou valorização acumulada de 15,54 % nos preços dos imóveis em 2024, ficando entre as três capitais brasileiras com maior crescimento naquele ano.
O ritmo não arrefeceu. Em abril de 2025, o preço médio do metro quadrado chegou a R$ 7.342, resultado de uma alta de 18,39 % nos últimos 12 meses, novo recorde local e sinal de que a demanda segue firme.
A administração municipal vem pavimentando esse avanço: a revisão do Plano Diretor prioriza a verticalização responsável nos principais corredores, enquanto o orçamento de 2025 reserva mais de R$ 375 milhões para pavimentação, drenagem e parques lineares — infraestrutura essencial para sustentar o crescimento sem perder a qualidade de vida.
Do lado privado, construtoras locais e grupos nacionais disputam terrenos com vista para o mar e lançam coberturas que já ultrapassam a marca dos R$ 18 milhões, evidenciando que o segmento de luxo encontrou terreno firme na capital. Empreendimentos de uso misto e retrofit de edifícios históricos reforçam a dinâmica de um mercado que avança para além do litoral e ocupa bairros como Altiplano, Manaíra e Jardim Oceania.
Durante anos, João Pessoa foi comparada a Balneário Camboriú por suas praias urbanas e torres à beira-mar. Hoje, porém, a narrativa começa a se inverter: se mantiver o ritmo de investimentos públicos, incentivos à inovação e planejamento sustentável, a capital paraibana tem potencial para se tornar ela própria o parâmetro de prosperidade imobiliária para outras cidades brasileiras.
Em resumo, com dados que comprovam valorização consistente e políticas que alinham crescimento econômico, inclusão social e respeito ao patrimônio ambiental, João Pessoa se posiciona para deixar de ser referência emergente e passar a ditar as tendências do mercado imobiliário nacional nos próximos anos.
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