Os preços dos imóveis residenciais no Brasil registraram a maior alta em uma década, de acordo com o Índice FipeZAP. Em julho, o índice subiu 0,76%, marcando a maior variação mensal desde 2014. Este aumento reflete o aquecimento do mercado imobiliário no país, destacando o setor como uma opção atrativa para investidores que buscam ativos físicos.
Um estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) confirma a vantagem do investimento em imóveis. Segundo a pesquisa, ao longo dos últimos dez anos, essa modalidade de investimento superou outras aplicações financeiras, especialmente em períodos de crise, quando os ativos de renda variável sofrem quedas significativas. A Abrainc aponta que, ao longo da última década, os imóveis se valorizaram mais do que as aplicações em renda fixa.
Carlos Honorato, professor da FIA Business School, ressalta que imóveis podem ser uma boa escolha para quem busca estabilidade, desde que o investidor tenha uma estratégia bem definida e uma visão de longo prazo. Ele destaca a importância de analisar fatores como demanda local, valor dos aluguéis, taxa de retorno, custos de manutenção, riscos de vacância e o potencial de valorização do imóvel antes de investir.
Por outro lado, o mercado imobiliário também apresenta riscos. Marcus Labarthe, especialista em mercados de capitais da GT Capital, alerta que investidores que buscam renda mensal por meio de aluguéis devem estar cientes do risco de inadimplência, que pode resultar em custos adicionais e até danos ao imóvel. Além disso, financiamentos atrelados à inflação (IPCA) podem causar variação nas parcelas mensais, impactando a capacidade de pagamento e, em casos extremos, levando à perda do imóvel.
Redação com informações da Forbes Brasil