Investimento estrangeiro em março é o maior desde 2012

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Os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram US$ 9,6 bilhões líquidos em março desde ano, o maior patamar desde março de 2012, quando a entrada de dólares nessa categoria foi de US$ 14,9 bilhões.

No primeiro trimestre deste ano, o acumulado em investimento estrageiro foi de US$ 23,3 bilhões, o maior desde 2017. Os dados são do Banco Central do Brasil, divulgados nesta quinta-feira.

Nesta conta é considerada a participação no capital, com a entrada de recursos para a aquisição ou aumento do capital social de empresas residentes, por exemplo. Entram também nesse combo as chamadas operações intercompanhia, como a concessão de créditos pelas subsidiárias ou filiais no exterior a suas matrizes no Brasil.

O balanço divulgado pelo BC mostra recuperação em relação ao ano passado. De janeiro a dezembro de 2023, a entrada de dólares para investimentos foi de US$ 64,2 bilhões, queda em relação ao acumulado de 2022, que foi de US$ 74,6 bilhões.

A queda no saldo líquido do Investimento Direto no País, no ano passado, é explicada pela redução nos preços das commodities (cotadas em dólar) e também por outros fatores, como o risco fiscal – que impacta na atratividade do país.

Desde a crise econômica e política de 2015, o Brasil perdeu o chamado grau de investimento — espécie de selo de bom pagador. Isso atrai recursos de fora, pois os países nessa classificação são percebidos como um porto seguro para o investidor.

A agência de classificação de risco Moody’s melhorou ontem a perspectiva da nota de crédito do Brasil, de “estável” para “positiva”, ou seja, o rating pode ser alterado.