Investimento em projetos imobiliários: retorno dobro do CDI para investidores

Financiamento direto com incorporadoras ganha espaço entre investidores, com retorno de até 25% ao ano

216
Nordeste não é somente um fornecedor de mão de obra(Foto: Reprodução / Pixabay)
Publicidade

Investir diretamente em imóveis é uma das formas mais comuns para quem deseja entrar no mercado imobiliário no Brasil. No entanto, a alternativa mais lucrativa tem sido financiar projetos desde o início, atuando como sócio do empreendimento. Em vez de comprar um imóvel pronto, o investidor participa do desenvolvimento do projeto, podendo acompanhar todo o processo, desde a escolha do terreno até a entrega.

“É um investimento mais arriscado, mas que oferece um retorno significativo”, afirma Leonardo Bersot, sócio da Portofino Multi Family Office. Segundo ele, a Taxa Interna de Retorno (TIR) anual gira em torno de 25%, superando mais que o dobro da taxa de juros nacional. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano.

Dependendo do projeto, os investidores podem atuar sozinhos ou em grupo, formando fundos para alcançar o montante necessário. As alternativas de financiamento incluem Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs). A entrada para esses “deals” coletivos pode exigir um valor médio de R$ 500 mil, enquanto financiamentos individuais costumam variar entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões.

Apesar do risco elevado, muitos brasileiros veem esses investimentos como seguros, dada sua familiaridade com o mercado imobiliário. “Mesmo com valores altos e riscos, os investidores se sentem confortáveis apostando em imóveis”, comenta Caio Cézar de Carvalho, sócio da Lidderar, gestora da Somma Multi Family Office.

Lucas Reis, à esquerda, e Leonardo Bersot, sócios real estate da Portofino Multi Family Office. (Foto Divulgação)

Com o mercado imobiliário aquecido, principalmente nos segmentos de alta e baixa renda, 2024 é considerado um momento propício para esse tipo de investimento. No primeiro semestre do ano, imóveis econômicos tiveram um aumento de vendas de 23%, enquanto os de alta renda cresceram 26%. Segundo o analista Daniel Gasparete, do Itaú BBA, o cenário é sustentado por fatores como o aumento da renda e a confiança do consumidor.

Projetos imobiliários têm, em média, cinco anos de duração, ao longo dos quais o financiamento inicial pode render de 100% a 125% ao investidor. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram o aumento do interesse em opções como LCI, CRI e FII, que vêm crescendo ano a ano.

Para muitos, essas alternativas representam um mercado pujante e atraente, com cotas esgotando rapidamente. Como destaca Carvalho, “o mercado está em expansão, e a demanda por essas oportunidades de investimento não para de crescer”.

Fonte: InfoMoney

Receba todas as notícias do Paraíba Business no WhatsApp

Artigo anteriorSEBRAE Pró Business 2024: Expectativa para palestra de Luis Justo, CEO do Rock in Rio
Próximo artigoMinistério do Turismo e companhias aéreas renovam parceria e anunciam 184 mil voos para o verão
Redação
O Paraíba Business é um portal de notícias profissional focado em economia e negócios, independente e não partidário. Seu propósito é produzir conteúdos relevantes e se aproximar ao máximo da verdade dos fatos para informar e contribuir com nossos leitores de maneira transparente.