Inverno estimula turismo e gera expectativas para bares e restaurantes

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Bananeiras é uma das cidades da Rota Caminhos do Frio. Foto: divulgação
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Estabelecimentos de diferentes estados do país, inclusive na Paraíba, esperam atrair turistas que desejam aproveitar o inverno ou escapar das baixas temperaturas

As expectativas para o inverno de 2024 são positivas em várias regiões do Brasil, com projeções de crescimento no turismo e no consumo em bares e restaurantes. Uma pesquisa realizada pela Abrasel mostrou que empreendedores de estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais esperam aumento no faturamento em dias mais frios.

No Sul do país, o estado de Santa Catarina é o que apresenta as melhores projeções, com expectativas de crescimento em até 20%, impulsionado especialmente pela alta no turismo. Já no Paraná, o aumento projetado é de 15%, também favorecido pelo turismo regional. No Sudeste, São Paulo apresenta as melhores expectativas ao prever um crescimento de 10%.

Em Minas Gerais, especialmente nas cidades de serra, deve haver um incremento do turismo e, portanto, do movimento. Como o estado é muito diverso, não há uma estimativa geral. No entanto, um fenômeno interessante deve acontecer, principalmente nos restaurantes, com o aumento do ticket médio — as pessoas tendem a consumir pratos e bebidas mais elaborados.

Os estados nordestinos, apesar de não serem tradicionalmente destinos para turismo de inverno, também projetam um crescimento ocasionado pela chegada de turistas que querem escapar das cidades frias. No Ceará, por exemplo, este movimento atribui uma alta de até 10% no faturamento de bares e restaurantes e na Paraíba ocupação de 90% dos leitos nos fins de semana.

Paralelamente à alta do movimento nos estabelecimentos, o consumo de vinhos também cresce durante o inverno. Segundo Diego Bertolini, consultor especialista no mercado de vinhos, as vendas da bebida entre maio e agosto representam 40% do total anual. Esse resultado se deve principalmente ao clima frio, que incentiva o consumo de bebidas mais quentes.

Inverno Armorial

A principal atração do inverno na Paraíba é o projeto Rotas do Frio que, este ano, inova. Todos os municípios integrantes da Rota participam do Festival Gastronômico, proporcionando aos visitantes uma experiência única para degustar a culinária típica do Brejo Paraibano. Na programação do festival, oficinas, cursos de sommelier de cachaças e vinhos, além de aulas shows.

Ainda dentro da programação, a Rota das Igrejas Criativas é uma atração semanal, levando a cultura popular aos sábados durante todo o período da rota. Outro ponto de destaque será o foco no empreendedorismo feminino no campo, destacando o papel das mulheres na economia local. 

O tema desta edição, o Movimento Armorial, ressalta a importância do legado deixado por Ariano Suassuna, conferindo destaque a esse grande movimento artístico-cultural que valoriza as tradições nordestinas e enriquecerá ainda mais a experiência dos visitantes.

A 19ª edição da Rota Cultural Caminhos do Frio já impulsiona a economia, garantindo 90% de ocupação nos hotéis e pousadas do Brejo paraibano nos finais de semana. A programação completa está disponível no site https://brejoparaibano.com.br/caminhos-do-frio

Cenário no RS

Um dos destinos turísticos mais procurados no Brasil durante o inverno, o Rio Grande do Sul enfrenta uma crise sem precedentes agravada pelas enchentes que atingiram o estado. Impactados por estradas interditadas, aeroportos fechados e com dificuldades em receber insumos, os bares e restaurantes gaúchos esperam poder contar com o turismo local para iniciarem a retomada dos negócios.

Em Gramado, tradicional destino de turistas no inverno, os estabelecimentos estão operando 75% abaixo da normalidade. Apesar da dificuldade em atrair clientes, as expectativas são positivas. Na cidade, a projeção é de que a temporada aumente o faturamento dos estabelecimentos em até 30%, reduzindo parte dos prejuízos.

Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, enfatiza que para a plena recuperação do setor no estado, o apoio governamental é essencial. “Mesmo os estabelecimentos que não foram diretamente atingidos pelas enchentes sofrem com a falta de faturamento e o acúmulo de dívidas. No fim de junho, fizemos uma pesquisa em que 62% dos empresários afirmaram estar com dificuldades de acesso ao crédito e 39% disseram que vão precisar demitir funcionários por não conseguirem arcar com a mão de obra. Essa situação impacta toda a estrutura econômica do país, e isso ficará cada vez mais evidente”, afirma.

Fonte: Abrasel

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Redação
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