Inteligência Artificial promete agilizar a justiça brasileira: artigo aponta benefícios e desafios

Estudo conclui que a IA tem o potencial de revolucionar o sistema judiciário brasileiro, mas sua implementação exige uma abordagem cuidadosa e multidisciplinar

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Inteligência Artificial promete agilizar a justiça (Foto: Reprodução / iStock)
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Fabiana de Carvalho Malheiros Leite

Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13)

Um estudo recente, de autoria de Fabiana Leite, servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13), revela o potencial transformador da Inteligência Artificial (IA) no sistema judiciário brasileiro, propondo soluções para a morosidade processual e destacando a necessidade de regulamentação e adaptação cultural.

O artigo científico, intitulado “O Uso da Inteligência Artificial na Confecção de Peças Processuais e sua Contribuição para a Agilidade da Justiça Brasileira: Desafios e Perspectivas”, analisa como a IA pode otimizar a elaboração de peças processuais, automatizar tarefas repetitivas e auxiliar na análise de jurisprudência, contribuindo para a eficiência da Justiça.

Benefícios da IA no Judiciário:

Agilidade processual: Redução do tempo de tramitação dos processos através da automação de tarefas e da otimização da análise de informações.

Eficiência: Liberação de magistrados e servidores para atividades mais complexas e estratégicas.

Padronização: Uniformização de documentos e decisões, garantindo maior qualidade e consistência.

Acesso à informação: Facilidade na pesquisa de jurisprudência e precedentes, auxiliando na tomada de decisões.

Redução de custos: Otimização de recursos e diminuição da necessidade de mão de obra para tarefas repetitivas.

Regulamentação: Criação de normas que garantam o uso ético e seguro da IA, protegendo os direitos dos cidadãos.

Vieses algorítmicos: Combate à reprodução de desigualdades nos dados de treinamento da IA, evitando decisões discriminatórias.

Transparência: Garantia de que os algoritmos sejam compreensíveis e que as decisões automatizadas sejam justificáveis.

Infraestrutura: Investimento em tecnologia e capacitação dos profissionais do Direito para o uso adequado da IA.

LGPD: Adequação do uso da IA às normas de proteção de dados pessoais.

Mudança cultural: Adaptação dos profissionais do Direito às novas tecnologias e à nova forma de trabalho.

O papel do CNJ:

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem um papel fundamental na regulamentação e implementação da IA no Judiciário. A nova Resolução do CNJ, aprovada em 18 de fevereiro de 2025, estabelece diretrizes para o uso ético e responsável da tecnologia, garantindo a segurança jurídica e a proteção dos direitos fundamentais.

Considerações finais:

O estudo conclui que a IA tem o potencial de revolucionar o sistema judiciário brasileiro, mas sua implementação exige uma abordagem cuidadosa e multidisciplinar. É necessário equilibrar inovação com ética, garantindo que a tecnologia seja utilizada de forma responsável e que a busca por agilidade não comprometa a qualidade da Justiça.

Para mais informações:

Acesse a Resolução do CNJ sobre o uso de IA no Judiciário: [https://s.oab.org.br/arquivos/2025/02/0125821b-0ced-4250-bc9e-f3e9f1e02ec6.pdf]

Acesse o estudo do CNJ sobre o uso de IA no Judiciário: [https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2024/09/cnj-relatorio-de-pesquisa-iag-pj.pdf]

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