O calendário de restituição do Imposto de Renda já começou e vai até 30 de setembro. Segundo pesquisa da Serasa, mais da metade (57%) dos brasileiros receberão até R$ 1 mil de volta. Com o dinheiro no bolso ou à espera do depósito, todos fazem planos de como usar a quantia.
Três em cada dez contribuintes, por exemplo, utilizarão qualquer quantia recebida para honrar seus compromissos em aberto. Para Patrícia Camillo, especialista em educação financeira da Serasa, essa iniciativa é válida. Para tirar o nome do cadastro de inadimplência, ela orienta:
— É importante levar em conta três pontos: quais os seus débitos em aberto, quais os seus débitos de vencimento mais próximo e quais as contas que os credores oferecem boas condições de negociação — sugere: — Defina as prioridades e quite essas dívidas antes que elas aumentem de valor.
Para quem pretende negociar dívidas, a Serasa reúne ofertas com descontos de 700 empresas parceiras, como bancos, securitizadoras, varejo, universidades, concessionárias de água, energia e telefonia.
Dos entrevistados, 43% dos contribuintes pretendem se planejar financeiramente com o dinheiro da restituição. E 21% querem fazer investimentos.
Entre aqueles que precisam pagar à Receita Federal, 54% colocaram o pagamento no débito em conta, sendo que 43% quitarão a dívida com a União à vista.
Veja o calendário
Segundo a Receita Federal, quem declara antes costuma receber a restituição antes, mas há um critério de prioridades: pessoas acima de 80 anos, pessoas entre 60 e 79 anos, pessoas com alguma deficiência física ou mental ou doença grave, contribuintes cuja principal fonte de renda é o magistério e contribuintes que optaram por receber a restituição via Pix ou utilizaram a declaração pré-preenchida.
- 1º lote – 31 de maio
- 2º lote – 28 de junho
- 3º lote – 31 de julho
- 4º lote – 30 de agosto
- 5º lote – 30 de setembro
Contribuintes têm medo de errar
A pesquisa da Serasa também buscou entender como os brasileiros fizeram seus informes. Quase a metade (44%) assumiu que contratou os serviços de um contador ou especialista, 14% recorreram a familiares ou conhecidos. E apenas 40% afirmaram ter feito o trabalho sozinhos, mas 46% com “medo de errar” e ser punido pela Receita Federal.
A declaração do Imposto de Renda, na visão de 44% dos entrevistados, “desempenha papel significativo na distribuição de renda do país”. No entanto, outra parcela significativa (40%), “discordam do processo de declaração e arrecadação”.
Ainda segundo o levantamento, 72% dos entrevistados afirmam “nunca terem deixado de fazer o IR” e mais da metade “não tiveram dificuldades para se organizar e preencher a declaração”.