A importação de carros no país cresceu 38% entre janeiro e maio em relação ao mesmo período do ano passado. Os veículos importados totalizam 159.355 unidades no período, frente a 115.355 entre janeiro e maio do ano passado. São 43.743 unidades a mais. Já as exportações no mesmo período deste ano, na comparação com 2023, caíram quase 30%.
—E dessas 43 mil unidades a mais que foram compradas no exterior, 82% vieram da China — explicou Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que representa as montadoras e divulgou os números de importação.
A Argentina continua sendo o país que mais vende carros ao Brasil, embora sua participação venha caindo. De janeiro a maio de 2023, os veículos comprados no país vizinhos representavam 64% do total importado. No mesmo período deste ano, a participação caiu para 45%. Já a participação da China subiu de 6% para 27%, considerando os mesmos períodos.
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O presidente da Anfavea disse que a associação acompanha os números de importação com atenção. As montadoras anunciaram recentemente investimentos de quase R$ 130 bilhões no Brasil para fazer a transição para veículos elétricos e híbridos, modernizar suas plantas, além de ampliar a produção.
Carros elétricos e híbridos, por exemplo, que não são produzidos no Brasil voltaram a pagar imposto em janeiro passado, com alíquota inicial de 12%. A alíquota será de 35% para todas as categorias de veículos eletrificados, mas será cobrada de forma gradual até 2026.
— Estamos fazendo um acompanhamento para entender o que vai acontecer com o mercado. Por enquanto, não existe pleito para a recomposição da alíquota de importação dos veículos híbridos e eletrificados — garantiu Lima Leite.
As exportações brasileiras de veículos somaram 136,3 mil unidades, entre maior e janeiro deste ano. No mesmo período do ano passado, o país havia vendido 193,8 mil unidades ao exterior. A Anfavea atribui a queda a problemas em alguns mercados, especialmente a Argentina.