
A escolha entre um imóvel novo ou usado envolve variáveis técnicas e estruturais que impactam diretamente a qualidade de vida e os custos de reforma. A arquiteta Elisa Maretti aponta que não existe uma resposta definitiva para a pergunta sobre qual é a melhor opção, já que a decisão depende do perfil do comprador, das condições do imóvel e da infraestrutura disponível.
Imóveis antigos, segundo a profissional, frequentemente exigem a substituição de redes hidráulicas e elétricas, além de intervenções estruturais que só se tornam evidentes durante reformas.
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“Esses imóveis foram projetados para uma realidade diferente da atual, com menor demanda por equipamentos elétricos. Isso pode comprometer o funcionamento da rede elétrica e aumentar os riscos de sobrecarga ou acidentes”, afirma.

Por outro lado, unidades novas também podem apresentar falhas de execução e não estão isentas de reformas. Além disso, as plantas mais recentes costumam priorizar áreas como varandas gourmet, reduzindo a metragem de dormitórios e banheiros. “Mesmo sendo novos, esses apartamentos podem não atender às necessidades de moradores que valorizam espaços mais amplos no dia a dia”, explica Elisa.
O tamanho do imóvel também é um fator que influencia na decisão. De acordo com a arquiteta, imóveis antigos tendem a oferecer metragem maior e ambientes mais espaçosos, o que pode representar um diferencial no conforto e na valorização a longo prazo. “A tendência de valorização está relacionada à demanda por espaços maiores, algo que temos observado com mais frequência”, completa.

No que diz respeito ao custo-benefício, a avaliação da infraestrutura é considerada essencial. Elisa destaca a importância de vistoriar previamente redes elétricas, hidráulicas e de esgoto, independentemente da idade do imóvel, para evitar imprevistos durante a obra.
A arquiteta recomenda que o comprador alinhe suas expectativas com a realidade do imóvel desejado e busque orientação técnica antes de fechar negócio. A decisão final deve considerar fatores como orçamento, localização, estrutura física, rotina familiar e planos futuros de uso do espaço.
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