Os corretores especializados em imóveis de alto padrão também se beneficiam das transações, lucrando com comissões significativas sobre vendas, locações e compras. Essas comissões são uma porcentagem do valor total da negociação e podem ser bastante lucrativas.
Entre as propriedades listadas por esses profissionais, destacam-se ilhas, mansões, minas e fazendas avaliadas em até R$ 2 bilhões, o que pode render comissões que chegam a R$ 120 milhões.
Ilhas de luxo atraem empresários e celebridades em busca de privacidade no Brasil. A comissão média gira em torno de 6% do valor do imóvel, embora possa variar conforme a localidade e outros fatores. Muitos clientes relutam em pagar, subestimando o trabalho do corretor, mas a negociação de comissões pode ser flexível.
Frédéric Cockenpot, um corretor de Ipanema, menciona que na região as comissões variam entre 5% e 10%, com alta demanda por coberturas de luxo e ilhas privativas. Ele destaca que muitos compradores buscam tranquilidade e exclusividade.
Uma das vendas mais significativas de Cockenpot foi uma propriedade de US$ 12 milhões em 2021, o que geraria uma comissão de cerca de R$ 3,4 milhões hoje.
Desafios no mercado de luxo
Apesar da aparência glamourosa, o trabalho com imóveis de luxo traz desafios. As negociações podem se arrastar por meses devido aos altos valores e à necessidade de discrição dos clientes, dificultando a promoção dos imóveis.
Para ingressar no setor, é essencial ter formação em áreas como Ciências Imobiliárias e registro no CRECI, além de características como persistência e uma rede de contatos robusta. Cockenpot, por exemplo, começou sua carreira no setor de lavanderias de luxo, onde conquistou seus primeiros clientes.
Welerson Antunes, especialista em propriedades rurais, também tem uma longa trajetória no setor, que começou desde a infância acompanhando seu pai em fazendas. Sua experiência em imóveis de alto valor se consolidou ao mudar-se para Brasília.
Potencial de ganhos
As comissões dos corretores no Brasil variam entre 5% e 10%, dependendo do tipo de imóvel e da região. Por exemplo, em São Paulo, as taxas para imóveis urbanos e rurais vão de 6% a 10%. Welerson afirma que negocia comissões de 3% a 8%, destacando que até 3% de uma fazenda de R$ 1 bilhão representa um lucro significativo.
Dicas para quem quer entrar no mercado
Para quem está considerando se tornar um corretor de luxo, é crucial estar ciente de algumas dificuldades, como a desconfiança dos clientes e a oscilação nas vendas. Construir uma reputação através de recomendações é essencial, assim como ter uma reserva financeira para períodos sem vendas.
A discrição é fundamental; muitos imóveis de alto padrão não são anunciados publicamente, tornando o marketing offline uma estratégia eficaz para alcançar o público-alvo sem expor a privacidade dos clientes.
Além disso, no Brasil, é comum que a mesma propriedade seja anunciada por várias imobiliárias, o que pode causar confusão, especialmente entre compradores estrangeiros, que estão acostumados a um sistema de exclusividade. A compreensão das particularidades do mercado brasileiro é vital para atuar com sucesso neste setor.
Redação com o G1