O Ibovespa atingiu novos patamares históricos em agosto de 2024, superando a marca dos 137 mil pontos pela primeira vez na quarta-feira, 28 de agosto. O desempenho do índice provocou revisões de projeções pelas principais instituições financeiras, com estimativas para o fim de 2024 e 2025 variando entre 143 mil e 165 mil pontos, níveis ainda não alcançados pela bolsa brasileira.
O Itaú BBA, por exemplo, revisou sua projeção para 165 mil pontos ao final de 2025. A revisão foi justificada pelo valuation atrativo do Brasil em comparação com seus pares e à média histórica, além da expectativa de crescimento de 12% nos lucros das empresas do Ibovespa em 2024-2025. Apesar disso, o banco observa que investidores domésticos ainda possuem uma exposição reduzida ao mercado de ações, o que pode influenciar a trajetória do índice.
A XP Investimentos também ajustou suas previsões, estimando o Ibovespa em 155 mil pontos para 2025, frente à previsão anterior de 147 mil pontos para o final de 2024. A casa atribui o otimismo à melhora no cenário global e à expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, que poderia impulsionar a bolsa brasileira.
O JPMorgan, que em junho havia projetado o Ibovespa em 135 mil pontos, revisou sua estimativa para 143 mil pontos, destacando o impacto positivo das projeções de crescimento do PIB. Embora mantenha essa previsão, o banco acredita que uma revisão positiva nas expectativas de lucros das empresas listadas na B3 poderia elevar o índice para entre 155 mil e 160 mil pontos.
Uma pesquisa realizada pelo InfoMoney entre 26 e 28 de agosto com 44 gestoras de recursos, que juntas somam mais de R$ 500 bilhões em patrimônio, indicou que o ponto médio das estimativas para o Ibovespa ao final de 2024 é de 145 mil pontos. Apenas 18% das gestoras acreditam que o índice fechará abaixo dos 140 mil pontos, e apenas 2% apostam que o Ibovespa superará os 160 mil pontos até o final do próximo ano.