IA no agro já é realidade no Brasil, e CEOs do setor devem ampliar uso em 2026

Tecnologia é vista como chave para aumentar produtividade, sustentabilidade e resiliência diante de desafios climáticos

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PIB brasileiro voltou a crescer e agropecuária teve bom desempenho
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A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser tendência e já se tornou uma realidade no agronegócio brasileiro. Com soluções que vão desde o monitoramento climático até a previsão de colheitas, a tecnologia tem se mostrado uma aliada fundamental para ampliar a eficiência, a sustentabilidade e a competitividade do setor.

Segundo levantamento da Statista, o mercado global de IA voltado ao agronegócio deve movimentar US$ 4,7 bilhões por ano até 2028. No Brasil, a adesão à tecnologia segue em ritmo acelerado: 78% dos CEOs do setor agropecuário pretendem investir em IA nos próximos 12 meses, conforme aponta a pesquisa “A Reinvenção do Agronegócio Brasileiro”, realizada pela PwC Brasil. O número é superior à média nacional de outros setores, que é de 69%.

Para especialistas, esse movimento reflete uma mudança de mentalidade no campo. “O agronegócio brasileiro está atento às transformações tecnológicas. A IA permite aos produtores enfrentarem as incertezas climáticas com mais preparo, ao mesmo tempo em que aumentam a resiliência e a sustentabilidade da produção”, afirma Henrique Galvani, CEO da Arara Seed.

Do monitoramento ao plantio: IA já está presente na rotina do campo

A aplicação da Inteligência Artificial no campo vai além da automação. Hoje, ferramentas com IA já são utilizadas para recomendações automatizadas de fertilizantes, com base em análises de solo; monitoramento por drones com análise preditiva; e previsões ideais de colheita, cruzando dados climáticos e de crescimento vegetal.

“Essas tecnologias otimizam o uso dos recursos naturais. Reduzimos o uso de insumos químicos, economizamos água e minimizamos perdas. Com dados em tempo real, é possível fazer uma gestão mais precisa da irrigação, do clima e da saúde das plantas”, destaca Galvani.

Além disso, plataformas de climate intelligence com IA estão sendo usadas para antecipar riscos climáticos e apoiar decisões estratégicas de produtores e cooperativas. Outra frente promissora é a IA generativa, aplicada na simulação de cenários de produção, no planejamento logístico e no desenvolvimento acelerado de novas sementes e bioinsumos.

Inovação como diferencial competitivo

Com um cenário global cada vez mais incerto e pressionado por questões climáticas, o futuro do agronegócio será baseado em dados. Para os líderes do setor, investir em tecnologia já não é uma questão de escolha, mas de sobrevivência e diferenciação no mercado.

“A Inteligência Artificial já está moldando o futuro do agro. Ela não é mais uma promessa distante, mas uma ferramenta concreta que prepara o setor para os desafios de um mundo em constante transformação”, conclui Galvani.

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Redação
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