Com as Olimpíadas em Paris em pleno andamento, as redes de hotéis estão se esforçando para atrair viajantes de última hora. Para isso, estão reduzindo os preços e flexibilizando os requisitos de estadia mínima, após críticas sobre o aumento dos preços antes dos Jogos Olímpicos.
O escritório de turismo de Paris anunciou nessa segunda-feira, 29, que o preço médio das diárias caiu para 258 euros (R$ 1.575 na cotação atual), abaixo dos 342 euros registrados no início do verão. Este valor já representava um aumento de 70% em relação ao preço médio de 202 euros em julho de 2023.
Agentes de viagem indicam que os descontos disponíveis podem variar de 10% a até 70%, uma vez que a demanda pelos Jogos foi menor do que o esperado, devido aos altos preços e preocupações com a segurança.
“O setor de hospitalidade global claramente aprendeu uma lição sobre a manipulação de preços em grandes eventos”, afirmou Tim Hentschel, CEO da Hotel Planner, um site de reservas que gerencia reservas para 1,4 milhão de propriedades ao redor do mundo.
De acordo com a Hotel Planner, os preços médios de hotéis quatro estrelas em Paris caíram até 66% até o início de agosto.
Em julho, a operadora de hotéis francesa Accor revisou suas previsões de receita para as Olimpíadas. Inicialmente, esperava-se um aumento de 2% na receita por quarto disponível durante o evento, mas essa expectativa foi ajustada. Apesar disso, o CEO da Accor, Sebastien Bazin, afirmou que a ocupação e os preços ainda superam a taxa de ocupação de 80% registrada em outros hotéis da rede.
Alguns hotéis também reduziram as restrições, como as datas de chegada e os requisitos de duração da estadia, para atender aos viajantes de última hora, conforme relatado por agentes de viagem.
“No entanto, embora as regras tenham sido flexibilizadas, os preços não diminuíram tanto assim”, observou Neil Kurman, agente de viagens da Protravel International. Segundo ele, hotéis cinco estrelas como o Le Royal Monceau Raffles ainda cobram cerca de 3 mil euros (R$ 15.694) por noite durante os Jogos.
Fonte: Forbes Brasil