O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que o pacote de medidas discutido com lideranças do Congresso para compensar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) mira os “moradores de cobertura”, pessoas de alta renda que hoje se beneficiam de isenções no mercado financeiro e em apostas.
— Essas medidas atingem os moradores de cobertura. Pegam só gente que tem muita isenção fiscal, todas as medidas envolvem bets e mercado financeiro. Não afeta a população, está afetando os andares superiores — disse o ministro.
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Segundo o ministro, a proposta foi bem recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que retornou da França na segunda-feira e foi atualizado sobre o andamento das negociações com o Congresso. No último domingo, líderes da base governista se reuniram com os presidentes da Câmara e do Senado para discutir a proposta.
— Ele (Lula) recebeu dos líderes um depoimento de que a reunião de domingo foi histórica. A primeira vez que reúne a Câmara Nacional, os dois presidentes à mesa, com todos os líderes da base, em cinco horas de conversa — contou.
Haddad reforçou que as ações têm como foco a justiça tributária, sem prejudicar trabalhadores ou a população de renda média. Ele também afirmou que o fim das isenções corrige distorções que beneficiam poucos e desequilibram o mercado financeiro.
A medida provisória com o novo pacote será publicada em conjunto com o decreto corrigido que aumenta o IOF. Segundo Haddad, caberá a Lula definir o momento da publicação. A equipe econômica deve apresentar os detalhes à imprensa assim que os atos forem editados.
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