
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que os é uma maneira de “corrigir distorções” do programa, mas não significam “cortes”. evento organizado pelo BTG Pactual.
— Estamos fazendo um ajuste no BPC agora, na direção de corrigir distorções. E isso não pode ser chamado de corte. Você corrigir uma distorção de um programa social que você está vendo que (algo) está errado, que está atingindo um público que não é o objetivo central do legislador, você tem que fazer a correção devida — afirma o ministro.
Haddad fez a afirmação após ser questionado sobre aumento dos gastos com programas previdência, seguro desemprego e auxílio doença. O ministro defendeu uma volta aos padrões de controle para a concessão de benefícios sociais que, segundo ele, vigorava no primeiro governo Lula:
— Isso (ajustes e correções de distorções) não tem nada a ver com escola de pensamento econômico, ninguém pode ser contra você ter um programa consistente e transparente, em que as condições de elegibilidade serão verificadas mês a mês, porque senão você vai perdendo o controle da situação, né? E o programa vai perdendo o sentido de corrigir desigualdades a partir do momento em que você não tem mais critério para adesão ao programa. Então nós vamos ter cautela com isso, e estamos num momento particularmente favorável para fazer esse tipo de ajuste — ele disse.
O ministro chegou a citar o Bolsa Família como exemplo desse controle que existiria no passado:
— Eu fui Ministro da Educação durante sete anos, e o controle de condicionalidade do Bolsa Família era trimestral, a conferência das condições de elegibilidade de uma família para o programa era cotidiano. Isso vale para todos os programas — afirmou.