Haddad afirma que FMI terá que ‘rever para melhor’ projeção de crescimento do Brasil

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Ministro da Fazenda, no entanto, alerta que cenário global pode afetar PIB

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, em Washington, que a projeção do governo para o crescimento do PIB é melhor que a divulgada mais cedo pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O FMI divulgou que estima que a economia brasileira crescerá 2,2% neste ano e 2,1% em 2025.

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A previsão para o PIB brasileiro deste ano é 0,5 ponto percentual a mais que o revelado pelo Fundo em janeiro. Já a previsão para o próximo ano foi elevada em 0,2 ponto percentual entre os prognósticos de janeiro e o atual.

As projeções do FMI estão maiores que as do boletim Focus, coletadas semanalmente pelo Banco Central junto a agentes financeiros, que preveem alta do PIB de 1,95% neste ano e de 2% em 2025.

— Nós também projetamos um crescimento menor do que o ano passado em função da safra — afirmou Haddad, que completou:

— Nós continuamos projetando 2,2%, embora os indicadores de atividade estejam aquecidos. Estamos recebendo boas notícias da ponta, tanto do ponto de vista de arrecadação, quanto do ponto de vista de produção e venda, sobretudo o crédito está aumentando no Brasil. Mas nós vamos ser parcimoniosos, vamos continuar mantendo a nossa expectativa de 2,2%, mas com um pequeno viés de alta no nosso caso.

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O ministro completou dizendo que espera que o FMI também reveja novamente os dados do Brasil:

— Eu acredito que o FMI vai ser obrigado a rever para melhor. Vamos também acompanhar o que acontece na economia global, porque nós dependemos disso também.

Fernando Haddad chegou nesta terça-feira em Washington para participar das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial. Hoje, o ministro participa de um evento sobre Finanças Sustentáveis, no Brazil Institute do Wilson Center, e de um debate com Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sobre investimentos no Brasil e na América Latina, na U.S. Chamber of Commerce, quando deverá dar uma entrevista à imprensa.

(*) Especial para O GLOBO

 

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