O grupo francês LVMH manteve sua posição de liderança no mercado global do luxo, conforme revela o relatório Global Powers of Luxury Goods da Deloitte, que analisou o desempenho das 100 principais empresas do setor em 2013. O LVMH, responsável por marcas como Louis Vuitton, Fendi e Céline, liderou o ranking com um faturamento de US$ 21,7 bilhões, seguido pelo grupo suíço Richemont e pela empresa norte-americana Estée Lauder, com US$ 13,4 bilhões e US$ 10,9 bilhões, respectivamente.
A segunda edição do relatório da Deloitte mostrou um crescimento geral das vendas de 8,2% em 2013, um desempenho melhor que o das 250 maiores empresas de bens de consumo, que registraram um crescimento de 5,6% no mesmo período. No entanto, a taxa de crescimento das vendas de luxo desacelerou em relação a 2012, quando o setor registrou um crescimento de 12,6%.
- LEIA MAIS: Olimpíada de Paris, que termina hoje, vai impulsionar crescimento do PIB da França este ano
O destaque do relatório foi a ascensão do grupo chinês Chow Tai Fook, especializado em relojoaria e joalheria, que entrou no top 10 pela primeira vez, ocupando a quarta posição. A empresa, conhecida como a “Tiffany & Co. da Ásia”, alcançou um faturamento de 9,9 bilhões de dólares em 2013, um aumento de 34,8% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pela queda no preço do ouro e pela expansão de seus pontos de venda, refletindo a crescente influência das empresas chinesas no mercado global do luxo.
Outro novo participante no top 10 foi o grupo americano PVH, dono das marcas Tommy Hilfiger e Calvin Klein, que subiu para a décima posição após a aquisição da Warnaco. Com essas mudanças, empresas como Shiseido e Rolex foram deslocadas do top 10.
O relatório também destacou o desempenho das empresas francesas, que continuam a dominar o mercado, apesar de um crescimento mais lento em 2013. Três dos dez maiores grupos de luxo do mundo são franceses, com a França representando 23,2% das vendas totais do top 100, embora essa participação tenha diminuído em relação a 2012. As empresas francesas apresentaram uma rentabilidade superior, com uma margem de lucro líquido de 11,5%, acima da média de 10,3% do setor.
A Itália, terceiro país mais representado no ranking, com 29 empresas, respondeu por 16,5% do volume total de negócios das 100 principais empresas de luxo.
Por fim, a lista de classificação baseada no Q ratio, que mede a confiança do mercado na capacidade das empresas de gerar valor, foi liderada por Christian Dior Couture, seguida por L’Oréal, Kate Spade, Pandora, Hermès e Michael Kors.