Uma reunião para discutir o projets que retoma a votação da proposta que retoma a taxação de compras internacionais de até US$ 50 terminou sem acordo na noite desta terça-feira. O tema foi incluído num projeto de lei sobre incentivos para carros (Mover) na Câmara, mas o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), retirou esse ponto no Senado. O projeto estabelece uma alíquota de 20% para imposto de importação de compras de até US$ 50.
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O líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), disse que não houve acordo sobre a retirada da taxação do texto. Assim, esse tema deve ser votado separadamente a pedido do próprio governo.
— Quero deixar bem claro que não houve nenhum acordo com o governo para retirar a taxação do texto — disse Jaques. — Vamos amanhã apresentar um destaque de votação para reincluir no texto.
O senador defendeu a taxa.
— A gente fala que o Mover é positivo, como foi dito, inclusive, pelo próprio relator, porque ele aposta na industrialização moderna, PIB, etc, etc. Bom, mas também nós não queremos quebrar o varejo nacional, nós não queremos quebrar os pequenos comerciantes, as pequenas manufaturas. Se for pelo sistema que vai por aí, daqui a pouco vamos viver o libero geral — disse Jaques.
Ao sair da reunião, o relator do texto, senador Rodrigo Cunha, disse que não houve acordo para construção de um novo texto e que o seu relatório apresentado hoje -sem os jabutis- irá à votação.
— Não foi possível fazer um acordo, o relatório está mantido e vamos para o voto— disse Cunha.
Sobre sua motivação de retirar os jabutis, ele afirmou que quis “reafirmar as prerrogativas” do Senado.
—O interesse principal aqui é fazer prevalecer a prerrogativa do Senado Federal, que é tratar um projeto importante para o Brasil, que trata de mobilidade, de estímulo, incentivo aos automóveis sustentáveis com prioridade. Esse é o grande objetivo. O relatório foi feito nesse sentido — disse.
O governo e demais senadores a favor da inclusão da taxação poderão apresentar um destaque em plenário para a retomada desse ponto, como foi aprovado pela Câmara.