O governo lançou hoje o Plano Nacional de Turismo, que tem como um de seus objetivos aumentar para 8,1 milhões o número de turistas internacionais que visitam o Brasil anualmente até 2027. Segundo a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), aproximadamente 6 milhões de turistas visitaram o país em 2023.
O Plano traça estratégias para o turismo brasileiro entre 2024 e 2027. Os principais objetivos elencados foram, além de aumentar o número de turistas internacionais visitando o Brasil anualmente, também ampliar a receita de gerada anualmente pelos visitantes estrangeiros internacionais de US$ 6,6 bilhões para US$ 8,1 bilhões. Outra meta é aumentar de 93 milhões para 150 milhões o número de viagens de brasileiros pelo Brasil.
Além disso, o governo pretende, até 2027, subir de 312 para 400 o número de municípios no Mapa do Turismo Brasileiro. Outro objetivo é aumentar para 3 milhões o número de postos de trabalhos formais no turismo — atualmente a Embratur estima que cistam 2 milhões dessas vagas de trabalho.
A meta de alcançar a marca de oito milhões de turistas internacionais em 2027 foi estimada levando em conta uma série de informações, incluindo infraestrutura e o tamanho da malha aérea do Brasil e a conectividade do país. O plano foi lançado na oitava edição do Salão do Turismo, no Rio.
O documento com a visão, princípios, eixos de atuação e objetivos para o desenvolvimento do setor, ao longo do período, estima ainda elevar de 2 milhões para 3 milhões o número de postos de trabalho formais no turismo nacional. O ministério acredita que, se mantido o ritmo atual e todas as condições forem favoráveis, seria possível chegar a 10 milhões de turistas em 2027.”
Líder sul-americano
O Plano tem como objetivo geral tornar o Brasil líder sul-americano na recepção de visitantes até 2027, tendo no turismo um grande vetor de desenvolvimento sustentável e de geração de emprego e renda, afirma o Ministério do Turismo.
O novo plano institui 20 programas e planos setoriais para o alcance de seus propósitos. Na lista está, por exemplo, a execução de programas de qualificação profissional e de inserção produtiva no turismo, de mobilidade e conectividade turística e de segurança turística, além de planos de marketing nacional e internacional.
O documento institui formalmente, ainda, o Programa de Incentivo a Viagens: Conheça o Brasil, já executado por meio do Conheça o Brasil: Voando, do Conheça o Brasil: Realiza e do Conheça o Brasil: Cívico.
O Plano também apresenta as tendências observadas para os próximos anos no setor, a exemplo do afroturismo, do turismo regenerativo (a busca por viagens cada vez mais ecologicamente conscientes e com menos impactos ambientais), do nomadismo digital, das experiências gastronômicas como motivação principal de viagens, do turismo de esportes e do turismo musical.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, referiu empenho para ampliar o ecoturismo e o turismo regenerativo, a fim de incentivar a conservação de recursos naturais por meio de uma atividade turística sustentável.
— Trabalhamos por sustentabilidade econômica, ambiental e social. É preciso, como estamos fazendo, incentivar o turismo de base comunitária, que permite a distribuição igualitária de benefícios e a redução de danos ambientais. É isso que vamos mostrar ao mundo na COP30, consolidando o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável — afirmou.
Municípios
O PNT também altera a denominação dos municípios integrantes das regiões turísticas do Mapa do Turismo Brasileiro, um dos balizadores da atuação do MTur. Com a mudança, as localidades passam a ser categorizadas como “municípios turísticos”, “municípios com oferta turística complementar” e “municípios de apoio ao turismo”.
Os “municípios turísticos”, atualmente nas categorias A e B do Mapa do Turismo, concentram os maiores fluxos de visitantes e detêm os principais atrativos e serviços turísticos. Já os “municípios com oferta turística complementar” (até então categorias C e D) possuem atrativos e serviços que agregam à oferta da região.
Os “municípios de apoio ao turismo” (atualmente categoria E), por sua vez, não têm fluxo turístico ou apresentam movimento pouco expressivo, mas se beneficiam da atividade fornecendo, para cidades com oferta complementar, mão de obra, serviços ou produtos associados ao setor.