Gestora lança fundo que permitirá investir na Nvidia em reais

Produto reproduz ETF americano que investe em ações das 25 maiores produtoras globais de semicondutores

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A gestora de recursos Investo, especializada em Exchange Traded Funds (ETFs), que são fundos cujas cotas são negociadas em bolsa como se fossem ações, está lançando nesta quarta-feira, 17, um ETF dedicado às principais empresas globais de semicondutores. Entre elas a Nvidia, a empresa avaliou em US$ 3,10 trilhões (R$ 16,3 trilhões) e que, por algumas semanas, foi a companhia com o maior valor de mercado do mundo.

O ETF replica um produto semelhante já negociado na bolsa eletrônica americana Nasdaq, denominado SMH. “Quem investir nesse produto estará exposto a um ativo cambial e a um setor extremamente promissor”, afirma Cauê Mançanares, CEO da Investo.

Setor estratégico

Segundo Mançanares, o setor de semicondutores é estratégico para quase todos os demais setores da economia, especialmente para as pesquisas em inteligência artificial (IA). Isso explica a valorização da Nvidia, cujas ações subiram 177% em 12 meses e 2.921% em cinco anos. “O SMH é composto por ações das 25 maiores empresas do setor”, diz Mançanares, incluindo a Nvidia e os principais fabricantes de semicondutores de Taiwan.

Mançanares afirma que o setor deve continuar crescendo devido à demanda e aos incentivos governamentais. Até antes da pandemia, a produção de semicondutores era concentrada em Taiwan. No entanto, a interrupção das cadeias de suprimento causou problemas em muitos outros setores, sendo o impacto mais visível na produção global de veículos, prejudicada pela falta de chips.

Incentivos governamentais

Isso levou vários governos a estabelecer políticas de incentivo à produção doméstica de chips. Em 2022, o governo americano lançou a Lei de Criação de Incentivos Úteis para a Produção de Semicondutores (CHIPS), destinando US$ 53 bilhões em incentivos e isenções fiscais para trazer a produção de volta aos Estados Unidos.

De acordo com dados oficiais, em 1990, os Estados Unidos eram responsáveis ​​por 40% dos chips produzidos no mundo. Porém, em busca de custos menores, muitas empresas transferiram a produção para outros países, e a participação americana caiu para 12% em 2021. Isso beneficiou muitas empresas além da Nvidia. Iniciativas semelhantes estão ocorrendo na Zona do Euro, no Japão e na Coreia do Sul.

As cotas do CHIP11 serão negociadas na B3. A compra mínima é de uma cota. Segundo Mançanares, o ETF deve iniciar as negociações valendo cerca de R$ 110. O ETF não paga dividendos. Os pagamentos comprovados pelas empresas são reinvestidos na carteira do fundo, retornando ao investidor na forma de ganho de capital.

Fonte: Forbes Brasil

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Redação
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