Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começam hoje, 26 de julho, e terminam dia 11 de agosto, portanto, serão dezesseis dias intensos de esportes do mais alto nível. A cerimônia de abertura começará às 14h30, pelo horário de Brasília. Eventos dessa magnitude consomem muitos recursos, por outro lado, geram muita receita.
Quando Paris venceu a candidatura para sediar as Olimpíadas de 2024 em 2017, o orçamento inicial era de cerca de US$ 9 bilhões. Desde então, a cidade aumentou seu orçamento em vários bilhões de dólares. Os custos são divididos de forma relativamente equilibrada entre despesas operacionais e nova infraestrutura, conforme análise da S&P Global Ratings. Se os custos finais permanecerem nesse nível, Paris sediará os Jogos Olímpicos de Verão mais econômicos das últimas décadas.

Os organizadores afirmam que optar por usar praticamente apenas locais existentes, como os do Aberto da França e o estádio do Campeonato Europeu de Futebol de 2016, ajudou a reduzir os custos. Além disso, os Jogos serão realizados em estádios em outras cidades francesas, incluindo Lyon, Marselha e Nice. No entanto, Paris ainda investiu US$ 4,5 bilhões em infraestrutura, com US$ 1,6 bilhão destinados à construção da Vila Olímpica, um valor pelo menos um terço maior do que o inicialmente previsto.
Retorno Financeiro
Um relatório do Centro de Direito e Economia do Desporto (CDES) indicou que o impacto financeiro para a França será de 11,1 bilhões de euros, quase quatro vezes o valor investido.
Esse retorno sobre o investimento (ROI) é gerado principalmente pelo turismo, pela movimentação da economia local e pela contratação de empresas francesas para serviços. O COI estima que 88% das empresas contratadas são pequenas e médias.
Paris espera receber pelo menos 15 milhões de turistas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, com destaque para visitantes dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Japão e Espanha.
O impacto dos Jogos deverá perdurar por vários anos, semelhante ao que ocorreu no Rio de Janeiro após as Olimpíadas de 2016. Um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) revelou que a cidade carioca teve um impacto econômico de R$ 99 bilhões desde o evento.
Apesar de o custo final (R$ 28 bilhões) ter sido significativamente maior do que o previsto inicialmente (R$ 39 bilhões), o valor já foi recuperado. Além disso, importantes obras, como a Linha 4 do metrô, foram um legado positivo para a cidade após as Olimpíadas.
Fonte: Council on Foreign Relations e Investidor 10