Fortuna do bilionário mais rico do mundo aumenta US$ 5,7 bi em apenas um dia

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Alta das ações da LVMH, de Bernard Arnault, foi responsável pelos ganhos do empresário. Vendas da dona de marcas como Louis Vuitton, Givenchy e Dior subiram acima das expectativas do mercado

A fortuna do homem mais rico do mundo de acordo com a Forbes, Bernard Arnault, aumentou em US$ 5,7 bilhões só nesta quarta-feira, com a valorização das ações da LVMH, após a companhia informar os seus resultados trimestrais. Ele é o diretor executivo da companhia, que é o maior conglomerado de empresas de luxo do mundo, com 75 marcas sob seu comando, que vão desde moda, hotéis, bebidas a joias, como Louis Vuitton, Givenchy, Dior, Möet Chandon, Sephora e Tiffany. Hoje, Arnault é dono de uma fortuna de cerca de US$ 215,5 bilhões.

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As ações da LVMH subiram 2,84% nesta quarta-feira, após a empresa informar que o crescimento das vendas do grupo desacelerou no início do ano. Os resultados acalmaram os investidores, que temiam dados piores, o que explica a alta dos papéis. A receita orgânica na unidade de moda e artigos de couro, que abrange marcas como Louis Vuitton, Dior, Celine e Lowe, aumentou 2% no primeiro trimestre, ante 18% no mesmo período no ano anterior.

A consistência da LVMH nos últimos anos, em um momento em que o setor de luxo está enfrentando uma desaceleração após um boom sem precedentes no auge da pandemia de Covid, contrasta com sua rival francesa Kering.

No mês passado, a concorrente informou que as vendas de sua maior marca, a Gucci, provavelmente caíram cerca de 20% no primeiro trimestre deste ano, afetadas pela queda nas compras de chineses com o ritmo menor de crescimento da China. Em 2024, os compradores chineses representam cerca de 23% dos gastos com produtos de luxo globalmente, em comparação com 33% antes da pandemia, de acordo com a analista de produtos de luxo da Bloomberg Intelligence, Deborah Aitken.

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Ainda assim, os resultados da LVMH forneceram alguma tranquilidade aos investidores. A receita orgânica da LVMH caiu 6% na Ásia, excluindo o Japão, onde as vendas subiram. Já nos Estados Unidos e na Europa, houve alta de 2%.

A demanda chinesa por moda e artigos de couro, dentro e fora do país, aumentou quase 10% nos três primeiros meses do ano, disse o diretor financeiro da LVMH, Jean-Jacques Guiony, segundo a Bloomberg.

— Espera-se que isso se recupere mais até 2025, com um crescimento de dois dígitos — avalia Aitken. — Hong Kong, Macau e Japão continuam sendo destinos preferidos para compras, com o gasto com luxo no Japão impulsionado pela fraqueza do iene.

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Já a unidade de vinhos e destilados da LVMH, que inclui marcas como Moet & Chandon e Hennessy Cognac, teve dificuldades, já que a demanda permaneceu fraca. A receita despencou 12%, mas ficou abaixo das estimativas do mercado.

A unidade de varejo seletivo foi a melhor, liderada pela varejista de beleza Sephora, de acordo com a LVMH. A joalheria Tiffany, que gera cerca de metade de suas vendas nos Estados Unidos, tem estado mais exposta aos clientes preocupados com a inflação do que a Bulgari, cuja presença na Ásia é mais importante, disse Guiony.

 

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