Equipe econômica solicita indicação de novo presidente do Banco Central na próxima semana

Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, é o principal candidato para assumir a presidência da instituição

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Edifício-Sede do Banco Central do Brasil em Brasília (Foto: Senado Notícias)
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A equipe econômica do governo federal solicitou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que nomeie o novo presidente do Banco Central (BC) na próxima semana. De acordo com fontes próximas às negociações, os nomes dos demais diretores do BC serão indicados posteriormente. As negociações estão sendo conduzidas em coordenação com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, é o principal candidato para assumir a presidência da instituição. No governo e no Congresso, não há expectativa de mudanças inesperadas nessa escolha.

A sabatina do indicado para substituir Roberto Campos Neto na presidência do BC está sendo planejada para ocorrer durante o esforço concentrado de votação no Senado, previsto para os dias 2, 3 e 4 de setembro. Nesses dias, as sessões do Senado serão presenciais.

O avanço nas negociações sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que concede autonomia orçamentária ao BC é crucial para destravar a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. No entanto, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE, negou que a marcação da sabatina esteja vinculada à PEC. Ele mencionou outro obstáculo: dificuldades na articulação com o governo para a votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que anula partes do decreto sobre armas assinado pelo presidente Lula em 2023.

Apesar de a votação do PDL ter sido adiada, o Senado aprovou urgência para o projeto, e a votação está marcada para a próxima terça-feira (27). Vanderlan criticou a quebra de acordo que levou ao adiamento e ressaltou a necessidade de melhor comunicação por parte do governo.

A equipe do Ministério da Fazenda já dialogou com Rodrigo Pacheco para garantir que a sabatina ocorra antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, agendada para os dias 17 e 18 de setembro. Embora a decisão final sobre a indicação seja do presidente Lula, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende que o anúncio seja feito o quanto antes para coordenar as expectativas do mercado.

Fernando Haddad indicou que as nomeações para a presidência e as diretorias do BC poderiam ser feitas em conjunto pelo presidente Lula. Caso Gabriel Galípolo seja confirmado como novo presidente do BC, outras três indicações precisarão ser feitas até o final do ano: uma para substituir Galípolo e duas para as vagas de diretores que terão seus mandatos encerrados em 31 de dezembro.

Redação com informações da Folha de S.Paulo

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