Entenda as causas, riscos e oportunidades do crescimento do mercado de leilões de imóveis no Brasil

Para investidores experientes, os leilões de imóveis podem representar uma oportunidade de adquirir propriedades abaixo do valor de mercado

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Imagem ilustrativa de um leilão Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi
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Nos últimos anos, o mercado de leilões de imóveis no Brasil tem mostrado um crescimento expressivo. De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, o número de imóveis disponíveis para leilão aumentou significativamente, passando de cerca de 7.700 em 2022 para mais de 25.500 em 2024, um aumento de 228%.

Esse crescimento pode ser atribuído principalmente à inadimplência no financiamento imobiliário. Com o aumento das taxas de juros e a crise financeira que afetou muitas famílias brasileiras, o pagamento das parcelas de financiamentos tornou-se mais difícil, resultando na retomada dos imóveis pelos bancos e no seu encaminhamento para leilão.

Outros fatores, como dívidas de IPTU, inadimplência em taxas de condomínio e decisões judiciais, também contribuem para o aumento dos leilões de imóveis.

Existem quatro causas principais que levam os imóveis a serem leiloados:

  1. Inadimplência no financiamento imobiliário: Quando o comprador não paga as parcelas do financiamento, o banco pode solicitar a retomada do imóvel e levá-lo a leilão.
  2. Dívidas de IPTU: A falta de pagamento do imposto pode levar a ações de execução fiscal, com a venda do imóvel para quitar a dívida.
  3. Dívidas de condomínio: O não pagamento das taxas condominiais pode resultar em ações judiciais e, eventualmente, no leilão do imóvel.
  4. Decisões judiciais: Imóveis podem ser penhorados e leiloados em casos como pensão alimentícia, partilhas de bens ou dívidas diversas.

Apesar das vantagens financeiras, como os descontos significativos em relação ao valor de mercado, comprar imóveis em leilão envolve alguns riscos, como:

  • Imóveis ocupados: Muitos imóveis ainda estão ocupados pelos antigos donos ou inquilinos, o que pode gerar custos adicionais com processos de despejo.
  • Falta de acesso prévio ao imóvel: Em muitos casos, o comprador não pode visitar o imóvel antes do leilão, o que pode resultar em surpresas com a necessidade de reformas ou consertos.
  • Custos ocultos: Além do valor do arremate, podem surgir custos com impostos, taxas de cartório e dívidas pendentes, que podem reduzir o ganho esperado.

Para investidores experientes, os leilões de imóveis podem representar uma oportunidade de adquirir propriedades abaixo do valor de mercado. No entanto, para quem busca realizar o sonho da casa própria sem experiência, os riscos podem ser elevados.

Uma alternativa mais segura para quem deseja investir em imóveis sem as complicações dos leilões é por meio dos fundos de investimento imobiliário (FIIs). Os FIIs permitem investir em imóveis comerciais, residenciais e outros empreendimentos sem lidar com inquilinos ou processos judiciais. Essa modalidade oferece benefícios como renda passiva mensal, isenção de imposto de renda e diversificação de ativos, sendo uma opção ideal para quem busca praticidade e segurança no mercado imobiliário.

Redação com informações do Monitor do Mercado

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